Aparelhos controlados pela mente mexem apenas com a força do cérebro!

A tecnologia nunca para de evoluir, e uma das novidades que pode se tornar tendência daqui a alguns anos é o uso da mente para o controle de aparelhos, equipamentos, sistemas e softwares

Pense em como o mundo era há 30 anos. Em 1988, foi lançado o primeiro laptop dobrável, que custava módicos US$ 5.399. Hoje em dia, com aproximadamente R$ 1.500, é possível comprar um bom notebook com tela sensível ao toque.

Na época, a comunicação entre as pessoas era bem mais difícil do que hoje. Entre a redação de uma carta, seu envio, recebimento, resposta do destinatário, envio da resposta e recebimento pelo primeiro remetente, pode ser que levasse quase um mês.

Já hoje em dia, entre o envio de uma mensagem para o outro lado do planeta, seu recebimento e posterior resposta, leva pouco menos de um minuto, com nada mais do que um simples celular no bolso.

O desenvolvimento da tecnologia é simplesmente absurdo, e fica até difícil imaginar o que pode vir pelo futuro. Porém, uma inovação na tecnologia na saúde que promete mudar a vida de muitas pessoas é o controle de aparelhos através da mente.

Calma, ninguém está falando em telecinese (pelo menos ainda não), mas o conceito não é tão diferente. Já existem sistemas que permitem aos usuários controlar um aparelho apenas com seu cérebro, sem precisar se mover ou apertar nada.

Entenda melhor como funciona essa tecnologia e como ela pode revolucionar de uma vez por todas a área da saúde no futuro próximo.

Como funciona o nosso cérebro?

Antes de entrarmos nessa questão, é importante entender um pouco mais sobre como funciona o nosso cérebro.

Basicamente, toda e qualquer atividade que é desempenhada por nosso cérebro gera um sinal elétrico, que nós não podemos perceber, mas equipamentos específicos sim, como os aparelhos de eletroencefalograma.

Nesses exames, são colocados eletrodos no couro cabeludo, na superfície encefálica ou até mesmo dentro da substância encefálica, embora todos tenham a mesma finalidade.

Então, quando o cérebro “pensa” em realizar alguma atividade, os neurônios no cérebro se comunicam e geram os sinais elétricos que são captados em um encefalograma.

Os sinais são caracterizados como ondas alfa, beta, delta, teta e gama, além de outros que podem ser gerados pela visão, por exemplo.

Alguns dos padrões podem ser compreendidos pelo equipamento, e quando a pessoa pensa em piscar, por exemplo, o sistema já compreende que o cérebro se movimentou para que pudesse realizar essa atividade.

Dessa forma, da próxima vez que houver o desejo de piscar, a emissão de sinais elétricos já fará com que o sistema entenda essa necessidade e possa se antecipar, de modo que a pessoa pisque mais rapidamente do que estaria acostumada.

Isso, porém, não vale apenas para piscadas, e sim para grande parte dos estímulos elétricos do cérebro de cada pessoa. Além disso, algo muito importante: pessoas com deficiências e problemas de mobilidade também podem usar essa tecnologia na saúde.

 

Como funciona o controle de aparelhos pela mente?

Depois de compreender as funções cerebrais, ficará ainda mais prático entender como essa será uma das tendências de destaque para a área da saúde.

Imagine agora outra aplicação: uma pessoa que passou por um acidente muito grave e ficou tetraplégica, ou seja, perdeu toda a mobilidade do pescoço para baixo.

Esse é um caso bastante grave, que não apenas possui implicações físicas, mas também emocionais, já que é muito complicado entender que há uma semana tudo estava normal, e agora a pessoa pode se encontrar nessa situação desfavorável.

No caso dessa pessoa, se ela quiser mexer o braço, os neurônios se comunicarão, o que resultará na emissão dos sinais elétricos necessários para que o braço se mova, mas a perda da mobilidade impossibilita que isso aconteça.

Porém, se for conectado um equipamento especial, como uma espécie de braço mecânico, que se comunique com um sensor de atividade cerebral que reconheça os sinais elétricos, então ele poderá fazer com que o braço do usuário se movimente.

Pode parecer uma tecnologia digna de um filme futurista, mas ela já existe hoje em dia. Além do uso na medicina, ela também pode ser aplicada em outras áreas, como na indústria automotiva e até mesmo no desenvolvimento de jogos.

Tudo isso é possível através de sensores de eletroencefalograma, que são quase tão sensíveis quanto os utilizados em hospitais. Depois da análise das ondas cerebrais, sua aplicação pode ser feita para diversas atividades.

Saiba mais sobre
Telerradiologia

Quer descobrir mais sobre telerradiologia? Entenda tudo sobre esse universo que pode agregar mais resultados em sua clínica com a aceleração de diagnósticos, rapidez na entrega de laudos para pacientes, saúde e tecnologia. A DiagRad preparou um conteúdo exclusivo para você e pode ser sua parceira nos serviços de telemedicina!

Saber mais

Qual é o futuro dessa tecnologia?

O controle de aparelhos pela mente, assim como acontece com os nanorobôs na saúde, já é uma realidade possível, mas que ainda está em desenvolvimento, assim como acontece com tudo que aparece no mundo da tecnologia.

Portanto, hoje em dia ainda é difícil ter acesso a tais soluções, que podem ter um custo muito elevado, mas a tendência é de que isso melhore com o passar do tempo, até chegar uma época em que já esteja mais acessível.

Pode ser difícil pensar nisso a curto prazo, mas não há o que temer, pois a tecnologia já existe. O que falta, agora, é que ela se popularize, o que resultará em uma queda nos preços, para que muitas pessoas possam recorrer a ela.

Um paralelo com essa situação pode ser feito com os processadores de computadores. Já existe tecnologia para que eles sejam muito mais potentes do que os comercializados atualmente, mas o custo ainda é muito alto.

Porém, os processadores que são utilizados hoje já poderiam ter sido produzidos há alguns anos, mas o custo também seria bem salgado, enquanto hoje em dia eles são fabricados em larga escala e estão à disposição de todos.

Os sensores de controle por ondas cerebrais também devem passar por isso e se mostram como uma esperança para quem tenha perdido suas funções motoras e tenha o sonho de voltar a ter mobilidade, ainda que seja parcial.

Bill Kochevar é um exemplo vivo. Ao guiar uma bicicleta, ele se chocou com um caminhão e perdeu toda a mobilidade do pescoço para baixo. Porém, com o auxílio dessa tecnologia, ele já pode utilizar uma de suas mãos para várias atividades.

De acordo com seus relatos, os movimentos são feitos com naturalidade e ele ainda acha incrível quando consegue fazer algo com seu braço tecnológico.

O intuito é o de que essa esperança possa se estender ao maior número possível de pessoas que precisem dessa tecnologia na área da saúde. Assim, um sonho que poderia parecer tão distante poderá trazer ainda mais alegria em suas vidas.

Matérias Relacionadas

Receba Novidades
sobre gestão hospitalar e tendências da telerradiologia