Telemedicina x Telessaúde: aprenda quais são as diferenças!

Ambas as ferramentas estão ampliando o acesso a saúde e melhorando o atendimento prestado aos pacientes

A medicina a distância pode ajudar a salvar muitas vidas. Para fazer isso, essa inovadora maneira de consultar, examinar, diagnosticar e tratar pacientes se utiliza de duas ferramentas importantes: a telemedicina e a telessaúde.

Antes de aprender a diferença entre esses dois conceitos tão importantes, é preciso entender o que é saúde e o que é medicina.

A saúde é um conceito bastante amplo. Pode ser definida, segundo a Wikipedia, por “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”.

Já a medicina é uma das áreas de conhecimento que permite manter e reparar a saúde, assim como a enfermagem, a odontologia, a farmácia e outras formas de garantir a saúde de um paciente.

Podemos afirmar, então, que a medicina é um grande grupo que está contido em um conceito ainda maior, a saúde.

Depois de entender esses conceitos, vai ser muito mais fácil compreender qual é a diferença entre a telemedicina e a telessaúde. Vamos lá:

O que é a telessaúde?

A telessaúde também é muito ampla. Ela está relacionada a diversas atividades que permitem manter um paciente saudável a distância utilizando serviços de informação, tecnologia e telecomunicações para isso.

Essa ferramenta não é tão nova quanto se pensa: desde a era do rádio ela já era utilizada. Um de seus primeiros usos foi para diagnosticar remotamente um paciente que estava na Antártica.

Depois desse marco, a telessaúde evoluiu muito.

Hoje, já é possível realizar teleconferências para que médicos encontrem um diagnóstico, dar suporte a doentes crônicos a distância, oferecer treinamentos para a equipe de saúde, usar robôs para fazer cirurgias e muito mais.

 

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Telessaúde no Brasil

No Brasil, a telessaúde é utilizada desde 1980. Apenas em 2007 a ferramenta foi amplamente difundida com um programa muit
o importante do governo, chamado de Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes.

Esse programa permite melhorar a qualidade do atendimento do SUS, pois oferece teleconsultoria, segunda opinião formativa, telediagnóstico e tele-educação para os profissionais da rede.

Além desse programa, existem outros tão importantes quanto para ajudar a garantir a saúde para todos como o Telessaúde RS-UFRGS, a Rede de Teleassistência de Minas Gerais e o Núcleo Telessaúde SC.

Não deixe de ver – Telemedicina no Brasil: Entenda melhor sobre o teletransporte na saúde.

O que é a telemedicina?

A telemedicina é uma das ferramentas da telessaúde. Ela permite que os médicos usem recursos tecnológicos, como a internet, áudios e vídeos, para a troca de informações à distância com o objetivo de manter ou melhorar a saúde de um paciente.

Hoje é possível, por exemplo, obter um laudo de um exame de raio X, tomografia e ressonância magnética com um especialista que está a milhares de quilômetros de forma rápida e acessível.  

A aplicação da telemedicina é regulada pela Associação Americana de Telemedicina (American Telemedicine Association), e, no Brasil, a telemedicina é reconhecida por leis e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Essa forma de praticar medicina a distância tem sido muito benéfica para os pacientes.

Com a telemedicina, é possível oferecer a pacientes de clínicas em locais de difícil acesso ou aquelas que não tem um médico especialista para avaliar os exames um laudo completo e confiável.

Para as clínicas, além de expandir a sua gama de serviços especializados, é possível economizar, pois não é preciso manter um médico especialista que não é muito solicitado. Também é possível cortar custos com deslocamentos, já que tudo é feito online.

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Medicina a distância e o futuro

A tendência é que, com o avanço da tecnologia, a telessaúde e a telemedicina ganhem cada vez mais relevância e sejam cada vez mais aplicadas em todo o mundo.

As ferramentas já estão regulamentadas e são muito bem aplicadas hoje em dia, mas, no futuro, podemos esperar ainda outras inovações que ajudarão a cuidar dos pacientes.

A inteligência artificial é uma dessas novidades.

Essa área de pesquisa é capaz de gerar mecanismos que reproduzem a capacidade de pensar e resolver problemas dos seres humanos. Com a inteligência artificial, será possível automatizar processos e definir prioridades com mais agilidade e com menos erros.

Outra novidade é a implementação de sensores em pacientes que têm doenças crônicas, de forma que, além do profissional da saúde, o próprio paciente possa se automonitorar. Uma anormalidade pode ser resolvida a distância, com o médico passando instruções detalhadas para que o doente se restabeleça ou procure auxílio caso seja necessário.

Segundo uma pesquisa feita pela Intel em 2013 em vários países – inclusive no Brasil – 75% dos entrevistados estão dispostos a se consultar com médico usando videoconferência e 70% usaria sensores para fazer o monitoramento da saúde.

Muitas das tecnologias que vão continuar aprimorando a telessaúde e a telemedicina já estão disponíveis. Em alguns anos, com a conclusão de estudos e a regulamentação do uso, médicos e pacientes poderão experimentar os seus benefícios.

Enquanto isso não acontece, a telessaúde e a telemedicina continuam sendo formas eficazes de complementar os cuidados tradicionais e garantir a saúde.

Qual a sua opinião sobre os avanços tecnológicos na área da saúde? Deixe nos comentários e aproveite para conhecer melhor sobre laudos a distância!

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