Contraste da Ressonância magnética é necessário? Entenda tudo aqui!

Contraste para ressonância dá alergia? É perigoso? Grávidas podem usar? Saiba mais sobre essa substância e entenda por que ela é tão importante

O contraste é uma substância administrada via oral ou endovenosa necessária em alguns tipos de exames de imagem. A ressonância magnética precisa de contraste em alguns casos para permitir uma melhor visualização dos resultados, mas isso não é uma regra.

Se você agendou seu exame e tem dúvidas sobre o uso dessa substância, confira o material que nós preparamos para te ajudar a entender por que ela é utilizada e quais são os seus efeitos.

Tipos de contraste para ressonância magnética e tomografia

Como dissemos acima, o contraste é uma substância que o paciente deve receber por via oral ou por injeção na veia ao realizar alguns exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.

O contraste para a tomografia, costuma-se utilizar contraste iodado, enquanto as substâncias mais frequentemente utilizadas na ressonância são derivadas do gadolínio, um elemento químico do grupo dos metais de terras raras e que costuma apresentar menos efeitos adversos.

 

 

Mesmo sendo substâncias distintas, o objetivo dos dois tipos contrastes é o mesmo: tornar os resultados mais precisos ao diferenciar tecidos e órgãos saudáveis de regiões que apresentam alterações, aumentando a precisão do diagnóstico.

Isso acontece porque o contraste reage de forma diferente nessas estruturas, possibilitando que o médico visualize células anômalas indicativas de uma lesão ou um tumor, por exemplo. Sem a aplicação do contraste, as imagens poderiam não ser nítidas o suficiente.

A ressonância magnética é um dos exames que atualmente nos oferecem as imagens de maior qualidade do interior do corpo, incluindo cérebro, coluna vertebral, ligamentos, articulações e, mais recentemente, coração e vasos sanguíneos.

 

Todo exame de ressonância precisa de contraste?

Nem todo exame de ressonância magnética precisa de contraste, como costuma ser o caso daqueles que são solicitados para avaliar um problema ortopédico. Porém, na maior parte das vezes, a administração do contraste é necessária para que as imagens sejam mais nítidas.

Um exemplo de uso praticamente obrigatório do contraste é na ressonância em pacientes com câncer, pois a diferenciação mais específica conferida pelo gadolínio é fundamental para se avaliar o tamanho e outras características do tumor e definir o melhor tratamento.

Dessa forma, se o exame fosse feito sem esse recurso, as imagens perderiam nitidez e definição, e todo o potencial de fornecer um diagnóstico altamente preciso da ressonância magnética acabaria sendo desperdiçado.

Quando precisa usar contraste?

Em geral, o médico que solicita o exame costuma informar ao paciente se a ressonância magnética precisa de contraste, mas essa informação só poderá ser confirmada pela clínica onde ela será realizada.

Já na sala do exame, o paciente será orientado a beber o contraste ou, então, será colocado o cateter de acesso à veia antes que ele entre na máquina, de forma que a não causar sobressaltos durante a execução da ressonância.

O uso do contraste na ressonância magnética é seguro?

Antes de se dirigir para a sala do exame, é de praxe que o paciente responda a um questionário sobre suas condições de saúde e assine um termo de consentimento para o uso do contraste, contendo uma lista de possíveis efeitos colaterais.

Embora essa relação de complicações possa ser bastante assustadora, o gadolínio dificilmente oferece riscos para o paciente, e as reações alérgicas a ele são raras.

Além disso, por não conter iodo, o contraste utilizado na ressonância magnética é mais seguro do que aquele utilizado na tomografia computadorizada, que tem um potencial alergênico mais elevado.

Felizmente, os efeitos colaterais mais comuns dos contrastes à base de gadolínio são pouco perigosos, como sensação de calor, dor de cabeça e sabor estranho ou metálico na boca. 

>> Leia também sobre o Contraste para tomografia – Por que ele é tão temido?

Contraindicações para o uso de corante na ressonância magnética

Mesmo sendo bastante seguro, o gadolínio é contraindicado para pacientes com predisposição genética a apresentar hipersensibilidade (alergia), pessoas com asma brônquica (pois pode aumentar o risco de broncoespasmo) e pacientes que já tiveram alergia a contrastes.

Porém, o maior risco do gadolínio é sua toxicidade para pessoas com insuficiência renal avançada, em especial para pacientes que apresentam taxa de filtração glomerular inferior a 30 ml por minuto.

Enquanto o organismo de pessoas com rins saudáveis consegue eliminar esse contraste em cerca de 24 horas, aquelas que sofrem de disfunção renal grave podem desenvolver uma condição chamada fibrose sistêmica nefrogênica.

Essa doença, que surge apenas em pacientes que já apresentam prejuízos extensos das funções renais, pode causar lesões na pele e fibrose nos músculos esqueléticos, nas articulações, no fígado, no pulmão e no coração, podendo levar à morte.

O gadolínio também é contraindicado para pessoas com insuficiência renal aguda, especialmente se também houver insuficiência hepática, pacientes que fizeram transplante de fígado ou de rim e pessoas em hemodiálise.

Devido a essa característica tóxica aos rins, recomenda-se que pacientes com mais de 60 anos, pessoas que já tenham feito alguma cirurgia de rim ou que tenham qualquer alteração das funções renais façam um exame de creatinina antes do uso do contraste.

Dessa forma, para garantir a sua segurança, você deve informar ao seu médico e à clínica onde fará a ressonância magnética sobre qualquer condição de saúde, especialmente se ela estiver relacionada aos fins, ao fígado ou a uma alergia.

 

 

Mulheres grávidas ou amamentando podem usar o contraste?

Em geral, mulheres que estejam grávidas ou amamentando podem fazer exames de ressonância magnética, mas pode haver restrições quanto ao uso do contraste. Nas gestantes, costuma-se evitá-lo por não haver estudos suficientes comprovando sua segurança – embora também não haja pesquisas que demonstrem que o contraste seria perigoso para a mulher ou o bebê.

Já no caso das mulheres que estão amamentando, recomenda-se que o aleitamento no seio seja suspenso por 24 horas depois da administração do gadolínio endovenoso. A ressonância magnética com contraste é contraindicada para bebês recém-nascidos com menos de quatro semanas também pela falta de estudos científicos demonstrando sua segurança nesses pacientes.

Esperamos que este artigo tenha ajudado você a conhecer um pouco mais sobre o uso do contraste. Você já fez algum exame em que foi necessário usar essas substâncias? Conte para a gente nos comentários e aproveite para conhecer os serviços de laudo a distância da Telelaudo | DiagRad.

Laudos de Ressonância Magnética

 

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