Novembro Azul: O que é o câncer de próstata e como tratar

Entenda como essa doença afeta os homens ocorre e quais são as maneiras mais eficientes de se prevenir

Um brasileiro morre a cada 30 minutos vítima de câncer de próstata, segundo informações de reportagem publicada pelo site G1. Além disso, um em cada sete homens será diagnosticado com câncer de próstata no futuro. Por conta de dados como esses, essa é hoje a segunda doença que mais mata homens no Brasil.

Pensando nisso, e inspirado pela campanha Outubro Rosa, que visa a prevenção do câncer de mama, já há algum tempo se promove nos meses de novembro a campanha “Novembro Azul”. A ideia é alertar os homens com relação às possíveis causas do câncer de próstata bem como incentivá-los a procurar auxílio médico e tratamento. Afinal, é imprescindível saber o que é câncer de próstata.

 

O que é o câncer de próstata?

O câncer de próstata tem como principal característica a transformação das células da próstata que, de forma anormal, crescem. Sendo assim, as células cancerígenas podem se espalhar por todo o corpo. A próstata está localizada logo abaixo da bexiga, em frente ao reto e à uretra, no aparelho reprodutor masculino.

A maior parte dos tumores diagnosticados crescem de forma lenta. Por conta disso, há um dado que aponta que 80% dos pacientes acima dos 80 anos já falecidos morreram sem saber que possuíam algum tipo de câncer de próstata no organismo.

A doença é encontrada com maior frequência em homens acima dos 45 anos, sendo mais comum àqueles que já passaram dos 50 anos. Entretanto, recomenda-se que a partir dos 40 anos de idade os homens realizem os primeiros exames de próstata. Em algumas situações, fatores hereditários podem aumentar a propensão à doença.

Como prevenir o câncer de próstata

Não há uma fórmula exata que indique o que deve ser feito para se prevenir com relação ao câncer de próstata. Porém, mais do que saber o que é o câncer de próstata, é importante recorrer a alguns fatores já consagrados pela medicina que são apontados como sendo de efeito preventivo.

A lista inclui alguns itens importantes na alimentação, como maior consumo de soja, alimentos ricos em selênio (como a castanha do pará), chá verde e vegetais. A falta de vitamina D no organismo e uma dieta baseada apenas em carnes vermelhas também são fatores que podem aumentar o risco de contrair a doença.

Além disso, homens obesos têm mais chances de contrair a doença. Há mais risco de metástase (quando o câncer se espalha além do órgão afetado) e as chances de morte também se tornam mais evidentes. Por fim, homens que já tiveram gonorreia também podem ser incluídos em um grupo de risco.

 

Quais são os sintomas?

Um dos grandes problemas desta doença é o fato de que, quando em estágio inicial, ela não apresenta nenhum tipo de sintoma. Em razão disso, a maior parte dos pacientes acaba descobrindo que foram acometidos por esse mal apenas quando estão realizando exames de rotina.

Contudo, conforme a doença se espalha, os primeiros sintomas começam a ser notados. A lista inclui vontade de urinar com maior frequência, especialmente à noite; dificuldade em começar a urinar; sangue na urina; dores ao urinar; e dificuldades em atingir ou manter uma ereção.

Como é feito o diagnóstico?

Saber o que é o câncer de próstata e quais são os seus sintomas não é suficiente. É preciso buscar auxílio médico e realizar os exames necessários para comprovar se há ou não algum indício da doença e, principalmente, se ela estiver instalada em qual estágio ela está. Os médicos indicam que há 80% de chances de cura se o câncer for diagnosticado no início.

Além do exame de toque, feito no consultório médico, outros devem ser incluídos na lista se assim o seu médico julgar necessário. Pelo menos três deles podem ser feitos usando-se os benefícios das empresas de laudos a distância: a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a cintilografia óssea.

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Formas de tratamento

Após o diagnóstico e a realização de todos os exames necessários, o câncer de próstata recebe um score. Esse número vai de 2 a 10, sendo que o menor número indica uma chance de 25% de que ele se dissemine para fora da próstata em um período de 10 anos e 10 indica uma chance de 75% de que ele se dissemine para fora da próstata no mesmo período.

Baseado nesse índice, caberá ao médico também indicar qual é a forma de tratamento mais recomendada. Em certos estágios iniciais, é possível que você receba uma recomendação até mesmo para adiar o tratamento. Terá início uma fase de monitoramento da doença para perceber se ela avança ou não.

Em outros casos, pode ser indicada a radioterapia ou a terapia hormonal como forma de tratamento. Alguns casos podem requerer cirurgia. Novamente, é o seu médico que vai indicar qual é o método mais adequado em cada um dos casos. Além disso, ele é também o responsável por alertar o paciente sobre as consequências de cada um dos procedimentos.

É importante deixar claro que, em hipótese alguma, a automedicação é um caminho para o tratamento. Por isso, caso não esteja satisfeito com a condução do seu tratamento, procure a opinião de outros especialistas, mas não o interrompa pela metade e, mais importante, não tente resolver as coisas por conta própria.

Esse é um dos exames fundamentais aos quais os homens devem se submeter, portanto não deixe que ideias pré-concebidas ou mesmo a ausência de sintomas se tornem fatores de risco para a sua saúde.

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