Paciente ansioso: Como lidar com esse problema que pode dificultar o trabalho do médico

Entenda como essa característica pode tornar mais difícil a relação entre o médico e o paciente e saiba quais são as principais maneiras de evitar atrito ou desconfiança

Nos tempos modernos, muitos pacientes chegam ao consultório tendo uma vaga impressão de quais podem ser os problemas ocasionados em razão dos sintomas que apresentam. Isso porque, graças a internet, hoje há amplas possibilidades de se encontrar fontes e relatos de outros pacientes e, com isso, presumir um diagnóstico.

Por mais que se basear em diagnósticos via Google não seja a melhor das maneiras de se diagnosticar um problema, sabemos que na realidade é isso que acontece. Sendo assim, o papel do médico como um elemento de esclarecimento durante a consulta é fundamental, seja para desmistificar falsos conceitos ou para acrescentar mais informações.

Entretanto, quando o paciente em questão é do tipo ansioso, a busca por resultados mais precisos ou mais rápidos pode fazer com que ele tome decisões prejudiciais à saúde. Entre elas, podemos incluir a automedicação, na suposição de que sabe como tratar o problema, ou mesmo o questionamento da avaliação do médico.

Em algumas circunstâncias, esse impasse entre o médico e o paciente ansioso pode resultar em problemas na comunicação, desinteresse quanto às prescrições médicas ou até mesmo a desistência do paciente em meio ao tratamento. Sendo assim, é preciso ser cuidadoso no trato e seguir alguns conselhos para tornar o relacionamento mais agradável.

1 – Seja claro em suas explicações

 

Para que não haja nenhum tipo de dúvida por parte dos pacientes, é preciso que o médico seja claro em sua explicação. Esse é um cuidado que muitas vezes alguns profissionais deixam de lado, por uma série de razões. Porém, fazer a leitura correta de um laudo a distância e descrever em uma linguagem mais acessível o que está dito em um laudo é um bom caminho.

Explique o que é normal e o que não é normal, levante as hipóteses que possam ter ocasionado o problema e relate a razão da escolha de um determinado tratamento. O mesmo se aplica aos medicamentos que vão ser receitados. Além de saber claramente para o que cada um serve, os horários e as dosagens devem ficar claras para o paciente.

2 – Explique o que é verdade e o que é mentira

Quando os pacientes fazem buscas na internet é normal que eles se deparem com uma série de informações sobre um determinado assunto. Entretanto, nem todas elas são verdadeiras e correspondem à realidade. O mesmo se aplica aos conselhos de amigos e parentes: não é porque um medicamento foi útil para alguém que ele será o mais indicado para outro paciente.

Assim, caso o paciente ansioso chegue com uma série de conhecimentos prévios e, entre eles, você note que algumas das informações são improcedentes, deixe claro que algo está errado – ou que não possui comprovação. A ideia não é iniciar um debate sobre o que é certo ou errado, mas sim alertar com relação a certas práticas que podem não ter resultados.

3 – Não omita informações em notícias ruins

 

Objetividade. Esse é conceito que deve sempre estar presente no pensamento do profissional de medicina. Há momentos em que as notícias a serem dadas não são positivas e no caso de um paciente ansioso a forma como ele recebe a informação pode até mesmo potencializar alguns sintomas. Porém, é preciso ser honesto e falar sempre a verdade, sem meias-palavras.

Ao relatar um diagnóstico, explique as causas e tente traduzir para uma linguagem simples o que de fato está acontecendo. O laudo vai indicar um problema e o tratamento receitado indicará a solução esperada em um determinado prazo. Nem todos reagem da mesma forma à medicação, de forma que é preciso levantar outras hipóteses, sejam elas positivas ou negativas.

Os pacientes se sentem mais confortáveis quando o médico demonstra ter segurança sobre o assunto do qual está falando. Em outras palavras, por mais que as notícias sejam ruins, o que eles querem é ouvir a verdade, de forma que possam buscar o caminho mais adequado para o tratamento. Saiba também como evitar diagnósticos equivocados e erros médicos.

 

 

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4 – Permita uma segunda opinião

A ansiedade pode fazer com que o paciente, em um primeiro momento, se recuse a acreditar no que ouviu e queira buscar uma segunda opinião. Embora esse seja um direito do paciente, ainda há profissionais que não lidam muito bem com essa ideia e se sentem um pouco “desprestigiados” quando isso acontece. Não pense dessa forma.

Aliás, a melhor maneira de demonstrar a sua segurança sobre o caso é se antecipando e sugerindo sempre que, em caso de dúvida ou desconfiança, o paciente fique à vontade para procurar uma segunda opinião. Esse fator pode, inclusive, trabalhar em seu benefício, pois o reforço da sua opinião por outro profissional dará ainda mais confiança para o paciente, diminuindo a sua ansiedade. É muito importante estar ciente do profissional que está te auxiliando, saiba também algumas dicas de contratação de enfermeiros.

Há sempre um objetivo maior

 

Não deixe que a ansiedade de um paciente comprometa, de forma alguma, o seu trabalho. Os medicamentos têm um tempo certo para agir e a observância de tudo aquilo que foi prescrito é fundamental para que os resultados obtidos sejam positivos. Assim, estimule o paciente a voltar nas consultas seguintes e seja solícito para esclarecer as suas dúvidas. Veja também como a família pode ajudar na recuperação do paciente.

Momentos em que há algum problema de saúde deixam as pessoas mais fragilizadas e pacientes mais ansiosos podem não conseguir lidar muito bem com a situação. Antes de tudo, lembre-se de que você foi o profissional escolhido para resolver o problema e deixar o paciente mais tranquilo, por meio das informações que você é capaz de fornecer, é parte do seu trabalho.

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