Contraste para tomografia: por que ele é tão temido?

O contraste para tomografia é algo que assusta muitas pessoas, mas grande parte desse medo é causado pelo desconhecimento sobre o assunto. Veja como funciona essa parte da telessaude.

A importância dos exames de imagem é muito grande. Nós sabemos que eles são capazes de diagnosticar doenças e condições de saúde de uma forma que nenhuma outra modalidade de exame é capaz de fazer.

Um dos exames mais comuns é a tomografia computadorizada, que faz uso dos raios X para criar imagens de ótima resolução de todo o corpo, de modo a identificar doenças e lesões com precisão ímpar.

Em grande parte das vezes, a realização tradicional do exame já possibilita ao radiologista diagnosticar o que ele precisa, mas existem casos em que os vasos sanguíneos, órgãos e demais tecidos não ficam tão claros quanto se esperava.

Nesses casos, é necessário utilizar o contraste para tomografia, que é excelente para aumentar a precisão dos exames e garantir laudos radiológicos mais precisos e assertivos. Porém, muitas pessoas sentem medo quando ouvem falar em contraste.

Aprender melhor o que ele é, como funciona no organismo e quais são as eventuais contra-indicações é fundamental para poder superar esse medo e, por consequência, aumentar muito a precisão dos diagnósticos.

O que é o contraste na tomografia?

O contraste está disponível em várias composições, que sempre precisam de um elemento radiopaco, ou seja, que se mantém opaco quando recebe as ondas de raio X. Nos contrastes iodados, o elemento radiopaco é o próprio iodo, enquanto nos não iodados o mais comum é o sulfato de Bário, embora sua composição possa ser diferente de acordo com cada necessidade.

A aplicação do contraste também varia de acordo com cada exame, e as mais comuns são por via oral (ingestão) e parenteral (endovenosa, através de injeções na veia).Ainda assim, existe também a administração endocavitária (através de orifícios naturais do corpo, como a vagina) e a intracavitária (feita através da própria parede que será estudada no exame).

Existem diversas variáveis para a aplicação desse composto, mas quando se trata do contraste para tomografia, o mais comum é que seja utilizado o contraste iodado, administrado via endovenosa.

 

Como funciona a tomografia com contraste?

Todos os tipos de contrastes possuem a mesma finalidade: tornar os vasos do corpo opacos e mostrar como os tecidos estão se comportando, bem como sua vascularização, ou seja, o fluxo sanguíneo de determinado órgão, parte ou tecido do corpo.

É sabido que a tomografia computadorizada pode salvar vidas, já que se trata de um exame de imagem super preciso e eficiente, mas certos tecidos, vasos sanguíneos e órgãos do corpo não apresentam a opacidade que se espera.

Quando isso acontece, o contraste para tomografia não se faz apenas recomendável, mas sim obrigatório, já que se ele não for administrado, não será possível tirar conclusões acertadas a respeito do exame.

Nem sempre é possível saber se o paciente precisará ou não da administração de contraste, já que isso pode variar de pessoa para pessoa, de acordo com suas condições de saúde. Por isso, pode ser que o paciente passe por mais de um exame.

O médico pode solicitar uma tomografia computadorizada convencional, mas se as imagens obtidas não tiverem sido suficientes para a emissão de um laudo conclusivo, seja ele comum ou um laudo a distância, então o exame pode ser repetido com a aplicação de contraste. Em clínicas em que já possuem equipamentos de telerradiologia, esse diagnóstico se torna ainda mais rápido e preciso.

Por que as pessoas sentem medo do contraste?

Quase todo mundo sente medo do desconhecido. Isso não é errado, já que é uma reação natural do ser humano: temer aquilo que não sabe muito bem o que é ou como funciona.

O contraste para tomografia se aplica muito bem a esse caso. Por mais que os exames de imagem já sejam comuns em nosso cotidiano, não é sempre que se faz necessária a aplicação desse composto, o que pode causar um certo espanto.

Realmente, existem alguns efeitos colaterais que podem ser sentidos depois de sua administração, mas isso não deve ser um motivo de tanto espanto, já que o mesmo acontece com qualquer tipo de medicamento que nós utilizarmos.

Existem pessoas alérgicas à analgésicos, anti-inflamatórios e diversos outros medicamentos, da mesma forma que elas também podem ter reações alérgicas depois do uso de contraste para tomografia.

Não existe um exame específico para se constatar a alergia ao iodo, que é o elemento radiopaco mais usado no contraste das tomografias, mas pessoas que são mais propensas a alergias em geral têm maiores chances de apresentá-la.

É obrigação do radiologista perguntar para o paciente se ele já teve algum tipo de alergia, o que por sua vez pode caracterizar uma chance maior de reação alérgica ao contraste. Caso ele não julgue saudável, então outra alternativa será buscada para o exame.

Outras condições de saúde que podem caracterizar os pacientes como sendo de risco são diabéticos, cardiopatas e pessoas com problemas renais, já que esse é o órgão que mandará os contrastes à base de iodo e gadolínio para fora do corpo.

 

Mitos e verdades sobre o contraste para tomografia

Esclarecer alguns dos maiores mitos e verdades a respeito do assunto fará com que nós fiquemos muito mais tranquilos quanto ao uso dessa substância!

1) Contraste é obrigatório na tomografia computadorizada – Mito

Nem sempre isso é verdade: pode ser que ele seja necessário, mas não é uma regra. Se o radiologista julgar necessário, então o composto poderá ser utilizado para aumentar as chances de um melhor diagnóstico.

2) O paciente pode escolher se deseja usar contraste ou não – Verdade

O radiologista pode recomendar o uso do contraste, mas isso depende da aprovação do paciente. Caso ele não deseje utilizá-lo, o exame será realizado normalmente, embora a qualidade das imagens possa ser comprometida.

3) A qualidade dos exames com contraste é maior – Verdade

O laudo de tomografia computadorizada acelera processos de diagnósticos, mas isso é possível apenas quando a qualidade das imagens é suficientemente boa para a emissão de um laudo. Com a presença do elemento radiopaco, os raios X não conseguirão atravessar o tecido, órgão ou vaso sanguíneo para o exame. Consequentemente, será possível analisar melhor sua estrutura e a qualidade do exame aumentará.

4) Os efeitos colaterais são comuns – Mito

Existe a possibilidade de a tomografia com contraste trazer alguns efeitos colaterais, mas é bem raro que isso aconteça. As reações adversas caracterizadas como leves são náuseas, urticária, dor de cabeça, vômito e gosto metálico, embora acometam poucos pacientes. Já as reações graves, como edema de glote (reação alérgica que dificulta a respiração) são muito menos comuns.

5) A aplicação de contraste dói – Mito


É possível sentir um leve incômodo no momento da aplicação do contraste, mas nada de muito intenso. Portanto, a dor não deve te deixar preocupado.

Contraste: um composto para aumentar a qualidade das Tomografias

Se você precisar ser submetido a uma tomografia e lhe for recomendado o uso de contraste, não fique com medo. Os médicos conhecem muito bem esse composto e sabem que ele é seguro para a saúde.

Além disso, sua administração possibilitará que a qualidade do exame de imagem seja muito maior, o que fará com que eventuais dúvidas sejam sanadas e que você possa ficar mais tranquilo.

Por isso, não deixe que o contraste para tomografia tire seu sono, já que isso é feito para o seu bem. Em conjunto com o laudo de tomografia computadorizada a distância, você poderá ter resultados muito mais rápidos, precisos e seguros!

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Laudos de tomografia computadorizada

 

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