Contraste realmente faz mal? Entenda quando ele deve ser usado e como alertar seu paciente

 

Apesar do receio, uso de contraste em radiologia é seguro e causa reações em 0,01% dos casos na RM

Não é incomum encontrar pessoas receosas de realizar exames de imagem que utilizam substâncias contrastantes por acreditar que o contraste faz mal e pode ter implicações graves na saúde.

Os contrastes, que podem ser de uso oral ou venoso, são substâncias prescritas antes da realização de um exame com o objetivo de visualizar melhor as estruturas internas do paciente, melhorando o diagnóstico.

A recomendação deve ser realizada previamente pelo médico solicitante, mediante avaliação do paciente e da necessidade do uso do contraste para identificar patologias ou lesões nos órgãos estudados.

É verdade que contraste faz mal?

Um receio comum é que o uso do contraste faz mal, mas esses produtos estão mais inócuos e precisos atualmente, reduzindo as chances de rejeição do organismo e melhorando a visualização das estruturas internas.

Na verdade, a taxa de reação grave ao uso de contraste em exames de ressonância magnética, por exemplo, é de 0,01% dos casos. Isso demonstra a segurança na grande maioria dos procedimentos.

Exames que podem ser solicitados com uso de contraste incluem ressonância magnética, tomografias computadorizadas, ultrassom e raio-X. Esses mesmos exames também podem ser beneficiados com a adoção dos laudos a distância para interpretação do diagnóstico.

Portanto, a crença de que o contraste faz mal não se sustenta, mas antes de se submeter a esse tipo de procedimento o paciente deve responder um questionário que avalia a suscetibilidade a alergias.

Em casos de maior sensibilidade a opção pode ser contraindicada ou o uso pode ser mais supervisionado para uma resposta rápida caso haja complicações.

 

 

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Quais os contrastes mais usados nos exames de imagem?

Atualmente, na medicina diagnóstica que utiliza contrastes em exames de radiologia são usadas, principalmente, três substâncias: bário, iodo e gadolínio.

Em geral, procedimentos como raio-X e tomografia computadorizada utilizam o contraste a base de bário ou iodo. Saiba mais sobre o uso das substâncias a seguir:

  • bário: ingerido oralmente e usado principalmente para exames que visam investigar o tudo digestivo, como esôfago, estômago e intestino;
  • iodo: pode ser oral ou intravenoso, sendo que quando ingerido visa a análise do tubo digestivo e quando é aplicado é usado para diagnóstico de condições envolvendo órgãos, veias e artérias.

Além dessas substâncias, o gadolínio também é usado sendo direcionado a exames de ressonância magnética. Ele é um contraste intravenoso e utilizado para investigar condições associadas às veias, órgãos e artérias.

Quais os sintomas incomuns após uso do contraste?

 

Mesmo que as reações ao uso das substâncias sejam incomuns, elas podem ocorrer, especialmente se o paciente for alérgico ou ter sensibilidade. Esse aspecto fez com que se tornasse popular a ideia de que o contraste faz mal.

No entanto, qualquer substância ou medicamento apresenta riscos de rejeição ou alergia em pacientes suscetíveis.

Destaca-se que as reações ao contraste tem início cerca de 5 minutos após a injeção, de forma que o paciente, normalmente, ainda esteja no hospital quando ocorre algum problema relacionado ao uso de contraste.

Nas 24 horas seguintes também podem ocorrer reações, mas significativamente mais leves, como urticária na pele, vermelhidão e coceira em locais como braço, pescoço e tórax.

Pacientes com reações médias às substâncias podem ter reações que incluem tontura, náusea e dificuldade para respirar, sendo necessário procurar auxílio médico imediato.

Em casos mais graves de reação do contraste, os sinais incluem a falta de ar que rapidamente evolui para uma incapacidade respiratória, exigindo reação imediata.

Destaca-se, entretanto, que mesmo reações mais severas podem ser revertidas rapidamente com a prescrição de substâncias que anulam o efeito do contraste, como a adrenalina.

Caso sinta uma leve queimação no braço após a aplicação não se preocupe, pois trata-se do fluxo normal da substância pelo organismo.

Por que o contraste ainda é usado?

A ideia de que o exame com contraste faz mal não se sustenta, pois os produtos apresentam riscos similares a todo medicamento, sendo prejudicial apenas aos pacientes suscetíveis.

A segurança do uso do contraste justifica a manutenção do uso das substâncias nos exames radiológicos.

Além disso, os benefícios diagnósticos são imensos, contribuindo para análises mais exatas de diferentes patologias, além da investigação da evolução ou remissão de doenças.

Por essas razões, o contraste continua sendo um aliado da medicina diagnóstica, sendo que o receio pelo uso da substância não se justifica na maior parte das vezes.

O recomendado é conversar com o médico responsável pela indicação do uso de contraste, conhecer os benefícios do método e também informar quaisquer alergias ou sensibilidades que possam contraindicar o procedimento.

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