Exame com contraste: por que ele é utilizado? Qual a sua importância?

Por que o contraste é utilizado para alguns exames?

Exames como ressonância magnética, tomografia e angiografia utilizam substâncias contrastantes. Saiba os benefícios aqui!

Os avanços da medicina viabilizaram melhores condições para diagnósticos e tratamentos, aumentando as chances dos pacientes e a qualidade de vida deles. Um desses progressos é a possibilidade de um exame com contraste para melhorar a visualização de intercorrências.

Atualmente, mesmo exames modernos como a ressonância magnética podem ser feitos utilizando o contraste de forma a apresentar informações mais claras ao médico e viabilizar um diagnóstico mais preciso e de qualidade.

Entenda a seguir por que o contraste é usado, em quais exames e quais os riscos e recomendações ao realizar um exame utilizando esse procedimento.

Qual o objetivo ao usar o contraste em exames?

Os exames com contraste, conhecidos também como contrastados, têm como objetivo distinguir os tecidos e órgãos. As substâncias usadas atuam de formas diferentes em determinadas estruturas tornando mais visíveis as possíveis lesões, tumores, entre outras células anômalas que estejam presentes.

Se não fosse esse método, não seria possível essa distinção, pois nem sempre as imagens são nítidas o suficiente. Já com o contraste, o comportamento diferente das organizações celulares viabiliza um diagnóstico mais preciso.

Os contrastes dos exames de radiologia e diagnóstico por imagem podem ser de três substâncias: o bário, iodo e gadolínio. O raio-x e a tomografia, em geral, utilizam bário ou iodo, enquanto na ressonância magnética é utilizado o gadolínio.

Os contrastes à base de bário são ministrados via oral com o objetivo de permitir uma melhor visualização do tubo digestivo que inclui esôfago, estômago e intestino.

Aqueles que são com iodo podem ser administrados via oral ou venosa. Quando ingerido o objetivo é permitir a análise do tudo digestivo. Já quando aplicados na veia a intenção é verificar os órgãos internos, veias, artérias ou lesões.

O contraste à base de gadolínio é usado na RM e só pode ser aplicado na veia, sendo útil para diagnósticos de lesões nos órgãos, veias e artérias.

 

Quais exames podem ser feitos com contraste?

Atualmente, diversos exames com contraste são realizados, mas é importante ter consciência de que, apesar desse uso, nem sempre ele é recomendado pelo médico.

O uso do contraste só deve ser feito quando necessário para melhorar o diagnóstico do paciente, não devendo ser generalizado devido aos benefícios que proporciona, pois possui riscos associados.

Saiba quais exames podem ser realizados com o uso de contraste e quais as utilidades da técnica nesses casos.

Tomografia computadorizada

Em geral, a tomografia utiliza contraste iodado, sendo usada para detectar lesões em órgãos do corpo, como cérebro, pulmões, fígado, vesícula, pâncreas, ossos ou parede abdominal.

Entre os diagnósticos mais comuns relacionados com a técnica estão tumores, infecções ou alterações nos vasos sanguíneos.

Ressonância magnética

Como afirmamos, a ressonância magnética é realizada com contraste à base de gadolínio. O exame utilizando essa substância é indicado principalmente para a detecção de lesões cerebrais ou na coluna vertebral. Também é indicado para investigações nas partes moles do corpo como ligamentos, articulações e vasos sanguíneos.

Angiografia

Na angiografia costuma-se usar o contraste iodado, pois ele permite uma melhor visualização do interior dos vasos sanguíneos, viabilizando identificar a presença de aneurismas ou arteriosclerose.

Urografia

A urografia é o exame que permite investigar da anatomia do aparelho urinário e também a capacidade funcional dos rins, sendo necessário uso de contraste devido a difícil visualização dessas estruturas quando substâncias contrastantes não são utilizadas.

Cintilografia

A cintilografia é um exame que pode ser realizado de diferentes formas dependendo do órgão que está sendo investigado. Em geral, ela permite identificar alterações funcionais no coração, ossos, pulmões, tireoide ou cérebro.

Dependendo do objetivo do exame podem ser usadas substâncias variadas, como o tecnécio e gálio.

Estudo radiológico do trato gastrointestinal

A investigação do trato gastrointestinal, em geral, exige o uso de contrastante devido às estruturas dessa região. Assim, normalmente é usado o sulfato de bário como contraste em diferentes tipos de exames, como o enema opaco, seriografia ou radiografia contrastada.

Verifica-se, portanto, que o contraste tem diversas aplicações nos exames radiológicos, sendo um importante aliado nos diagnósticos por imagem por viabilizar uma melhor visualização das estruturas analisadas.

 

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Quais os riscos e recomendações para esse procedimento?

Apesar dos benefícios da realização dos exames usando contraste devido permitem diagnósticos mais precisos, a opção deve ser prescrita por um médico e apenas quando necessário.

Os contrastes à base de bário, em geral, não provocam efeitos colaterais, mas tem como aspecto negativo o gosto desagradável da ingestão via oral, podendo ser disfarçado com a mistura em um suco, por exemplo.

Já o contraste à base de iodo pode causar reações leves, como calor no corpo, leve aceleração dos batimentos cardíacos, vontade de urinar, náuseas, vômitos e gosto ruim na boca. Algumas ocorrências um pouco mais incômodas incluem vermelhidão na pele e coceira.

Mais raramente, as reações à substância podem incluir edema de glote e parada cardiorrespiratória. Em pessoas de asma, podem ser desencadeadas crises de falta de ar.

Os contrastes à base de gadolínio, normalmente, não apresentam efeitos colaterais, podendo resultar em reações leves como vermelhidão e coceira e, em casos mais graves, edema de glote e parada cardiorrespiratória.

Caso já tenha tido alguma reação prévia ao uso de contraste o médico deve ser informado antes da realização do exame. O paciente deve estar em jejum e, em geral, é solicitada a presença de um acompanhante para realização do procedimento.

O exame com contraste não é indicado para pessoas com insuficiência renal, pois o organismo não consegue eliminar as substâncias, podendo prejudicar o funcionamento dos rins, podendo causar, inclusive, a síndrome da esclerose sistêmica.

O contraste é um recurso útil em diversos exames de imagem facilitando o diagnóstico e melhorando a abordagem médica, entretanto, deve ser usado com cautela e apenas nas situações que se fizer realmente necessário.

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