Como identificar carcinoma invasivo com mais rapidez?

Exames de imagem como ressonância magnética e tomografia auxiliam no diagnóstico precoce do carcinoma

Atualmente, uma das doenças com maior letalidade é o câncer, sendo que os óbitos chegaram a 9,6 milhões em todo o mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Pensando nisso, saber como identificar carcinoma invasivo precocemente é de extrema importância para aumentar as chances do tratamento.

O carcinoma invasivo não se trata de um tipo específico de câncer, mas pode desenvolver-se em quase todas as partes do corpo. A seguir, entenda mais sobre a doença.

O que é e como se desenvolve o carcinoma invasivo?

O carcinoma é uma transformação maligna que atinge uma célula epitelial. O tecido epitelial está presente em diversas estruturas do corpo humano e corresponde às células que revestem pele e órgãos, protegendo e recobrindo-os.

A epiderme, por exemplo, é composta de células epiteliais. Elas podem cumprir diferentes funções no organismo, como no intestino, onde são responsáveis por absorver nutrientes, e também na boca, onde produzem saliva e são responsáveis pela degustação, entre outras.

O carcinoma invasivo ocorre quando há mutações malignas nas células epiteliais. No organismo de todas as pessoas existem genes chamados de proto-oncogenes, que normalmente são inativos nas células. Entretanto, quando ativados por alguma alteração, eles transformam-se em oncogenes e transformam células normais em células cancerosas.

O tecido epitelial é separado pela membrana basal das camadas mais profundas onde encontram-se os vasos sanguíneos e linfáticos. Quando as células cancerosas restringem-se a essa camada superior é caracterizada como in situ, ou seja, localizada.

No entanto, quando o tumor passa a membrana basal e alcança os tecidos mais profundos o carcinoma passa a ser caracterizado como invasivo ou infiltrativo. Nesse estágio a doença pode causar metástase e afetar outros órgãos e tecidos.

Caso o câncer surja em um tecido epitelial que contenha glândulas, como a mama, próstata, estômago, cólon e pâncreas, ele é chamado de adenocarcinoma. No caso do câncer de mama, por exemplo, 90% das ocorrências são desse tipo de carcinoma, existindo dois tipos:

  • carcinoma ductal da mama que é quando ele se origina nos ductos que transportam o leite;
  • carcinoma lobular da mama que tem origem nos bulbos, glândulas responsáveis pelo armazenamento do leite.

Outro exemplo é o câncer de pele, no qual duas das ocorrências mais comuns, o carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular têm origem no tecido epitelial, enquanto o melanoma não é caracterizado como carcinoma.

Portanto, o carcinoma invasivo pode ocorrer em diferentes partes do organismo e também pode apresentar agressividade, prognóstico e tratamentos distintos.

Como identificar carcinoma invasivo?

Saber como identificar carcinoma invasivo é de grande importância para que seja iniciado um tratamento precoce que aumente as chances de sucesso e resulte em um melhor prognóstico ao paciente, reduzindo os riscos de óbito e elevando a qualidade de vida.

Atualmente, os exames de toque realizados pelo próprio paciente são importantes aliados na identificação do carcinoma, principalmente do de mama, no qual a maior parte dos diagnósticos precoces é motivada pelo autoexame.

Em outros casos, como o carcinoma de próstata, a identificação precoce é possível quando o homem realiza corretamente a rotina de exames.

Em geral, seja por meio do checkup de saúde ou pela observação do próprio paciente, exames complementares são solicitados pelo médico para confirmar o diagnóstico e identificar a gravidade da ocorrência.

Atualmente, os exames de imagem são importantes aliados em como identificar carcinoma invasivo, tanto nos procedimentos de rotina, como a mamografia, como também com a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, técnicas que permitem melhorar e agilizar o diagnóstico de câncer.

Ao diagnosticar precocemente o câncer o paciente tem mais chances de sucesso no tratamento, com reversão completa do quadro, além de menores chances de reincidência da doença e maior qualidade de vida.

Qual a incidência da doença no Brasil?

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) faz um monitoramento anual sobre os dados de câncer no Brasil, considerando as mais de 100 ocorrências que recebem esse nome.

De acordo com os dados, houve 300.140 novos casos de câncer em homens em 2018, com a maior incidência sendo o câncer de próstata, com 31,7% dos casos. Já os óbitos somaram 107.470, com a maior letalidade sendo o câncer de Traqueia, Brônquios e Pulmões com 14,4%, seguido do de próstata, com 13,5%.

Nas mulheres houve 282.450 novos casos em 2018, com a maior incidência sendo o câncer de mama que representou 29,5% dos casos. Foram contabilizados 90.228 óbitos, sendo o câncer de mama o mais letal entre elas, com 16,2% dos casos fatais.

Como os laudos a distância contribuem no diagnóstico?

Devido à importância dos exames de imagem nas estratégias de como identificar carcinoma invasivo alguns novos recursos contribuem para agilizar esse processo, como os laudos a distância.

Por meio da telerradiologia, o diagnóstico do câncer pode ser emitido em menos tempo, permitindo um início imediato do tratamento e mais exatidão e qualidade no laudo.

 

Nesse procedimento, após a realização do exame de imagem, ele é enviado, via internet, para uma parceira especializada em laudos a distância. Dependendo da urgência da solicitação, o laudo pode ser devolvido em até 30 minutos, o que torna o diagnóstico do carcinoma muito mais ágil.

Por tratar-se de uma empresa especializada, a parceira também conta com profissionais mais qualificados para lidar com diferentes tipos de exames, o que permite identificar alterações que poderiam passar despercebidas por um profissional menos experiente.

Dessa forma, saber como identificar carcinoma invasivo e entender a complexidade e extensão da doença são passos importantes para que os cuidados com prevenção sejam corretamente adotados e novos recursos sejam incorporados nesse processo, aumentando a eficiência no diagnóstico.

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