Caso clínico de Cisto Epidermóide com tontura há 6 meses

Formação expansiva de aspecto lobulado

Um paciente do sexo masculino apresentava queixa de tontura há mais de 6 meses. Submetido a exame de imagem com diagnóstico por meio da telerradiologia, foi constatada uma formação expansiva de aspecto lobulado, centrada no ângulo ponto-cerebelar direito, que apresenta hipersinal em T2, hipossinal em T1 e sinal heterogêneo em FLAIR.

A lesão identificada no exame se mostrou restrita à difusão dos prótons, sem apresentar realce significativo pelo meio de contraste. Ela promove efeito expansivo comprimindo e deslocando a ponte, o pedúnculo cerebelar médio e o cerebelo à direita. Ainda, a lesão se insinua para o forame de Luscka ipsilateral, alargando-o e fazendo com que ele se comunique com o IV ventrículo.

Ainda, o exame mostrou que os condutos auditivos internos estão livres, assim como a porção visualizada dos complexos VII/VIII pares cranianos.

 

 

Diagnóstico de tontura: saiba o que é o cisto epidermoide

Ao analisar os achados nos exames de imagem desse paciente, os especialistas em laudo a distância chegaram ao diagnóstico de cisto epidermoide.

O cisto epidermoide é um pequeno nódulo benigno localizado sob a pele que se forma a partir da clivagem incompleta do ectoderma neural e cutâneo entre a terceira e a quinta semana da embriogênese.

Características do cisto epidermoide

Nesse processo, as células mais superficiais se deslocam para camadas mais profundas e se multiplicam, formando a parede do cisto. As células secretam queratina, uma substância macia e amarela, que enche o interior do cisto, em conjunto com cristais de colesterol.

O cisto epidermoide intracraniano é uma lesão rara, correspondendo a 0,3% a 18% dos tumores do Sistema Nervoso Central. Eles podem aparecer desde o nascimento da pessoa até uma idade avançada de 80 anos, mas sua maior incidência é entre pacientes de 40 a 49 anos de idade – faixa etária em que se encontra o paciente deste caso clínico.

Cerca de 90% desses cistos são intradurais, localizando-se primariamente nas cisternas da base. Entre 40% a 50% estão no ângulo ponto-cerebelar (este é o caso do paciente em questão), 17% ficam no IV ventrículo e de 10% a 15% estão na fossa média/parasselar. Os outros 10% desses cistos são extradurais, que se localizam na calota craniana intradiploica ou vertebral.

Os cistos epidermoides com frequência se apresentam como cistos lobulados, como é o caso do paciente, com sinal e atenuação semelhantes ao líquor em algumas sequências (T1 e T2) e que podem envolver vasos e estruturas. Essas características são condizentes com o hipersinal em T2, o hipossinal em T1 e o sinal heterogêneo em FLAIR identificados no exame de imagem.

Inclusive, a maioria apresenta hipersinal em T2 e hipossinal em T1, podendo simular um cisto de aracnoide, porém, a sequência FLAIR frequentemente não demonstra supressão de sinal, apresentando-se com sinal heterogêneo. Uma característica marcante dos cistos epidermoides é demonstrar restrição à difusão, e isso também foi constatado no exame deste paciente.

Em média, de 10 a 15% dos cistos epidermoides podem calcificar. Geralmente não se observa realce, exceto em suas margens onde eventualmente pode haver mínimo realce. Neste caso clínico, realmente não houve manifestação de realmente significativo por meio do contraste, reforçando o diagnóstico.

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Diagnósticos diferenciais

Os diagnósticos diferenciais que devem ser considerados para este caso clínico são o cisto de aracnoide, a neurocisticercose e o cisto dermoide. No caso do cisto de aracnoide, existe um sinal semelhante ao líquor em todas as sequências (incluindo o FLAIR) e facilitação à difusão, que não foram constatados neste paciente.

A neurocisticercose, por sua vez, pode apresentar realce periférico e gliose ao seu redor, afastando-se dos resultados do exame de imagem. Por fim, o cisto dermoide costuma se localizar na linha média ou próximo a ela. Devido a seu conteúdo, apresenta sinal semelhante à gordura.

A maioria apresenta hipersinal em T2 e hipossinal em T1, podendo simular um cisto de aracnoide, porém, a sequência FLAIR frequentemente não demonstra supressão de sinal, apresentando-se com sinal heterogêneo. Uma característica marcante dos cistos epidermóides é demonstrar restrição à difusão.

 

Telerradiologia como diferencial

A obtenção desse resultado foi possível por meio da Central de Telerradiologia da DiagRad. Um dos grandes diferenciais da metodologia de trabalho adotada pela empresa é o fato de que as imagens capturadas nos exames são sempre disponibilizadas para profissionais subespecializados em uma determinada área.

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Essa característica aumenta o grau de afinidade do médico ou do técnico com o tema o que faz com que ele tenha maior probabilidade de encontrar pontos incomuns, aos quais outros profissionais mais generalistas talvez não se mostrassem tão propensos a indicar. Esse, sem dúvida, é um benefício significativo para médicos e pacientes, pois garante maior precisão nos diagnósticos.

Por isso, se você ainda tem alguma dúvida com relação aos benefícios que a telerradiologia pode trazer para a sua clínica ou hospital, entre em contato hoje mesmo com a DiadRag e solicite mais informações de um de nossos representantes. Temos a certeza que esse modelo de negócios pode ter bastante afinidade com o seu e, o melhor de tudo, garantindo laudos a distância de qualidade e precisos.

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