Formação expansiva de aspecto lobulado, centrada no ângulo ponto-cerebelar direito, que apresenta hipersinal em T2, hipossinal em T1 e sinal heterogêneo em FLAIR. Esta lesão demonstra restrição à difusão dos prótons, sem realce significativo pelo meio de contraste. Promove efeito expansivo comprimindo e deslocando a ponte, pedúnculo cerebelar médio e cerebelo à direita. Insinua-se para o forame de Luscka ipsilateral, alargando-o e comunicando-se com o IV ventrículo.
Os condutos auditivos internos estão livres, assim como a porção visualizada dos complexos VII/VIII pares cranianos.
Cisto Epidermóide Cisto de inclusão congênito contendo cristais de queratina e colesterol decorrentes de descamação do tecido. 90% são intradurais, primariamente nas cisternas da base: • 40-50% ângulo ponto-cerebelar • 17% no IV ventrículo • 10-15% fossa média/parasselar 10% são extradurais: calota craniana intradiplóico ou vertebral Costumam se apresentar como cistos lobulados, com sinal e atenuação semelhantes ao líquor em algumas sequências (T1 e T2) e que podem envolver vasos e estruturas. 10-15% podem calcificar. Geralmente não se observa realce, exceto em suas margens onde eventualmente pode haver mínimo realce. A maioria apresenta hipersinal em T2 e hipossinal em T1, podendo simular um cisto de aracnoide, porém, a sequência FLAIR frequentemente não demonstra supressão de sinal, apresentando-se com sinal heterogêneo. Uma característica marcante dos cistos epidermóides é demonstrar restrição à difusão. Nos diagnósticos diferenciais devem ser considerados: Cisto de aracnoide: sinal semelhante ao líquor em todas as sequências (incluindo o FLAIR) e facilitação à difusão. Neurocisticercose: pode haver realce periférico e gliose ao seu redor. Cisto dermoide: geralmente localizado na linha média ou próximo a ela. Devido a seu conteúdo, apresenta sinal semelhante à gordura. Bibliografia: Osborn, Diagnostic Imaging Brain Caso cedido por: Dr. Paulo E. A. Kuriki