Equipamentos de proteção individual e treinamento dos técnicos garantem mais segurança para profissionais e pacientes.
Os exames de imagem são importantes aliados em diferentes tipos de investigações diagnósticas, viabilizando que a equipe médica identifique mais rapidamente os problemas de saúde e indiquem o tratamento adequado. No entanto, a segurança em radiologia ainda é um desafio.
A exposição radiológica é um risco tanto para profissionais que atuam nessa área como para pacientes. Ainda que seja comprovado que a exposição comum a esses exames não ofereça riscos aos pacientes, erros podem alterar esse cenário, sendo importantes os cuidados protetivos.
A segurança em radiologia deve ser buscada tanto pelos profissionais, garantindo a segurança do paciente, como pelas clínicas e hospitais, garantindo melhores condições de trabalho aos colaboradores.
A seguir conheça soluções de segurança em radiologia tanto para profissionais da área como para os pacientes.
Segurança em radiologia para profissionais da área
Uma das principais soluções para aumentar a segurança dos radiologistas é o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como aventais de chumbo, protetores de tireoide e óculos, sendo que o uso desses equipamentos proporciona uma proteção de 90% quando comparado ao não uso deles.
Os principais EPIs que devem ser usados pelos profissionais de radiologia para reduzir os riscos associados a prática são:
Protetores de tireoide
Devido a importância da tireoide e a sensibilidade dessa glândula à radiação, é essencial que os radiologistas utilizem um protetor específico. Em geral, trata-se de um colar colocado em torno do pescoço.
Aventais de chumbo
Um dos principais EPIs para segurança em radiologia é o avental de chumbo. Ele tem como objetivo proteger toda a região do tórax e abdômen da exposição à radiação ionizante. Esse equipamento tem diferentes tamanhos e formatos e pesam cerca de 5kg.
Além de ser usado pelo radiologista, em alguns casos o uso do avental de chumbo é indicado ao paciente também.
Óculos plumbíferos
O termo plumbífero é usado para referir-se a objetos com chumbo na composição. No caso dos óculos eles recebem uma mistura de chumbo e vidro que é o que garante a visibilidade do profissional e, ao mesmo tempo, aumenta a segurança desse EPI.
Protetor de gônadas
Outro item indispensável para segurança em radiologia é o protetor de gônadas, ou seja, dos órgãos responsáveis pela produção das células reprodutivas. A exposição a radiação eleva o risco de infertilidade, o que justifica a necessidade desse equipamento de proteção.
Além desses EPIs é importante que o radiologista também use sapatos de segurança e luvas. Todos os equipamentos de segurança devem registrados pela Anvisa, o que assegura a eficiência dele. Outra questão é que os equipamentos devem ser testados periodicamente.
Entre os maiores cuidados de segurança está o treinamento periódico das equipes, o que garante a adoção das medidas protetivas necessárias e também o cumprimento dos protocolos de aquisição de imagens.
Segurança do paciente na realização dos exames radiodiagnósticos
O técnico de radiologia é o responsável por garantir a maior segurança do paciente durante a realização dos exames radiodiagnósticos. Esse profissional deve ter o suporte da clínica ou hospital tanto no que relaciona a processos como também em infraestrutura para assegurar esse fator.
A seguir conheça algumas questões relacionadas a segurança em radiologia para o paciente, diminuindo a exposição a radiação, riscos do processo e questões associadas.
Identificação do paciente
Um fator que parece básico, mas que gera diversos erros no setor de radiodiagnóstico é a identificação errada de pacientes, submetendo-os a exames desnecessários, que poderiam ser evitados, e também exigindo a realização de mais de um procedimento radiológico.
Portanto, diversos centros médicos têm desenvolvido novos processos para identificação dos pacientes unindo nome e data de nascimento, por exemplo, para garantir menos erros desse tipo.
Verificação do preparo e condições de saúde
Antes de o paciente ser submetido ao exame é fundamental que ele passe por uma triagem para levantar informações sobre o preparo para o exame, como quando há necessidade de jejum devido ao uso de contraste.
Além disso, essas informações prévias permitem identificar atrasos menstruais que podem estar associados a gestação, uso de prótese, claustrofobia, entre outros fatores relevantes para a condução ou não da técnica.
Equipamentos dentro dos padrões estabelecidos
No que se refere ao uso dos equipamentos radiológicos, é comum que eles não estejam de acordo com os parâmetros da Anvisa e mesmo das especificações do próprio fabricante, aumento o risco de pacientes e profissionais da área.
O uso de equipamento descalibrado está relacionado com a maior necessidade de repetição de exames, maior exposição à radiação, elevação dos custos do departamento e perda na capacidade operacional.
Portanto, é essencial que tanto o técnico faça a parte dele na conservação dos equipamentos dentro dos padrões necessários, como também o centro médico cumpra os intervalos corretos de manutenção.
Posicionamento correto do paciente
Ao posicionar o paciente corretamente durante a execução do exame o técnico aumenta a segurança do procedimento, reduzindo as chances de que haja problemas no que diz respeito a inadequação da posição.
Além disso, a posição correta garante mais qualidade e visibilidade ao exame, melhorando as chances de um diagnóstico certo e também minimizando as possibilidades de ser necessário refazer o exame.
Verifica-se assim que são diversos os cuidados que podem ser desenvolvidos pelas clínicas médicas, profissionais de radiologia e próprios pacientes com o objetivo de aumentar a segurança na realização de exames radiodiagnósticos.
A segurança em radiologia deve ser um objetivo conjunto desses diferentes envolvidos no processo, garantindo melhores condições de trabalho ao profissional e mais qualidade no acesso aos serviços médicos para os pacientes.
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