Pesquisas com células tronco: descubra o que devemos esperar em 2018!

Um dos maiores avanços da ciência nas últimas décadas, as células-tronco podem ser ainda mais decisivas na medicina no próximo ano

Entre todas as grandes inovações na medicina ao longo da última década, as células-tronco ocupam uma posição de destaque. Uma pesquisa realizada pela rede norte-americana ABC News procurou identificar quais os campos da área médica obtiveram maior avanço ao longo dos últimos dez anos.

A lista inclui itens como a descoberta do genoma humano, os avanços da tecnologia, a diminuição da incidência de doenças cardiovasculares e, também, as pesquisas com as células-tronco. Apesar do excepcional progresso, o uso de células que podem se diferenciar de qualquer uma ainda segue em fases de pesquisa.

Entendendo os avanços da medicina: o que são as células-tronco?

As células-tronco são células que têm a capacidade de se transformar em qualquer outra célula especializada do corpo. Por meio da divisão celular, elas são capazes de se renovar, mesmo após longos períodos de inatividade, podendo ser induzidas a formar células de tecidos e órgãos com funções especiais. Veja também como as células-tronco podem salvar vidas.

Outra característica marcante é que, diferente de outras células do corpo, como as células musculares, do sangue ou do cérebro, as células-tronco são capazes de se replicar várias vezes. Assim, ao menos em teoria, a partir de uma célula tronco e possível produzir milhares de outras. E é justamente aí que reside a maior atenção por parte dos cientistas, afinal ainda se sabe muito pouco sobre como controlar esse processo.

 

Inteligência artificial para construção de fábricas de células-tronco

Uma das iniciativas de pesquisa com células-tronco que ganhou destaque no final de 2017 vem do Canadá. Na cidade de Toronto, o Centro para a Comercialização de Medicina Regressiva (CCRM) está à frente de uma iniciativa que visa criar uma fábrica de células-tronco, algo que poderia tornar o país referência no assunto.

Contudo, as fábricas por si só não são uma novidade, uma vez que o Japão já possui instalações semelhantes. A novidade ficaria por conta dos métodos utilizados: as tecnologias de automação baseadas em inteligência artificial. O projeto canadense aponta a possibilidade de se usar os sistemas preditivos e de aprendizado para o desenvolvimento de células com maior precisão e eficiência.

Cura pelos dentes de leite

Outro fator que ganhou repercussão na mídia no final de 2017 entre as pesquisas com células-tronco foi o uso até mesmo dos dentes de leite da criança como elemento decisivo no processo de cura.

De acordo com o Centro de Tecnologia Celular R-Crio, as células-tronco de origem mesenquimal presentes nos dentes, possuem um grande potencial para gerar tecidos do corpo, como ossos, pele ou cartilagem. A vantagem sobre células-tronco do cordão umbilical, por exemplo, é que essas últimas são de origem hematopoiética, o que significa que só podem gerar células do sangue ou do sistema imunológico.

Em resumo: um único dente de leite é capaz de gerar milhões de células-tronco, uma vez que o seu potencial de multiplicação é gigantesco.

Desvendando o cérebro para entender a obesidade

Outra pesquisa com células-tronco que apresenta grande potencial para 2018 é uma que vem sendo desenvolvida por especialistas da Unicamp, em Campinas, no interior de São Paulo. Para esse estudo, integrantes do projeto foram à Inglaterra para produzir neurônios a partir de células-tronco.

Esses neurônios foram tratados com gorduras com ácidos graxos e, com isso, foi possível analisar os efeitos que elas têm sobre os neurônios humanos. Ao final do estudo, os pesquisadores conseguiram uma espécie de “roteiro” do cérebro. A expectativa é que, no futuro, o hipotálamo possa ser preenchido com neurônios da saciedade, a partir de células-tronco ou mesmo com medicamentos.

 

Células-tronco e impressoras 3D: uma parceria do futuro

Pode parecer coisa de ficção científica a utilização de impressoras 3D para a confecção de próteses que possam ser usadas pelos seres humanos. Porém, essa é uma realidade que já se faz presente em muitos países, inclusive o Brasil. Uma das iniciativas nesse sentido conta com a parceria dos pesquisadores de células-tronco.

Pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, estão utilizando a tomografia computadorizada para analisar o ouvido do usuário e, depois, criar próteses que se ajustem com precisão ao sistema auditivo. Ossículos como o martelo, o estribo e a bigorna são difíceis de serem recriados.

A ideia para 2018 é integrar esses estudos às pesquisas com células-tronco, de forma que elas possam se transformar em células ósseas com maior facilidade. Nesse caso, a prótese criada pelos pesquisadores funcionaria como uma espécie de suporte permanente para a reconstrução dos ossículos.

 

 

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Muitas pesquisas espalhadas pelo mundo

A lista acima de pesquisas com células-tronco é apenas um breve resumo de algumas que estão sendo realizadas em diversas partes do mundo. Esse é considerado hoje um dos ramos mais promissores da medicina e as possibilidades nesse momento são praticamente infinitas. Confira também como elas crescem em laboratórios pela primeira vez. O que ocorre é que os testes necessários ainda são caros e os procedimentos levam um bom tempo a até serem concluídos.

Nesse cenário, o Brasil pode ser considerado como um país que está na vanguarda desses estudos, apesar das limitações tecnológicas e financeiras. O combate a várias doenças poderá se beneficiar desses estudos, desde a cegueira até o Alzheimer.

Essas perspectivas de tratamento se tornam cada vez mais maduras a partir do momento que os testes necessários são realizados. A expectativa é que até 2020 o uso de células-tronco possa ganhar uma escala comercial, o que certamente trará ainda mais benefícios para todos.

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