Big data e telemedicina: como essas duas tecnologias ajudam na evolução da saúde

Entenda como os avanços tecnológicos são capazes de proporcionar maior qualidade de vida para os pacientes

 

Uma revolução está em curso no mundo da medicina. Há até alguns anos, imaginar que um paciente pudesse se consultar sem sair de casa com profissionais de medicina a quilômetros de distância parecia apenas a descrição de um conto de ficção científica. Porém, a tecnologia evoluiu e a medicina acompanhou esse desenvolvimento.

Um dos exemplos mais recorrentes que podemos citar é o da telerradiologia. Por meio da internet, as imagens capturadas em um exame de Raio-X ou em uma Ressonância Magnética são enviadas em questão de segundo para uma central de telerradiologia. Nela, profissionais altamente capacitados realizam os laudos.

 

Na maioria das vezes, os resultados podem ficar prontos em menos de uma hora. Casos de emergência ou urgência podem, inclusive, ter os laudos confeccionados em menos de 20 minutos. 

Tudo isso é disponibilizado para as clínicas ou hospitais online. Basta uma conexão com a internet e, não importa onde ela esteja, o resultado chegará imediatamente. Esse é um dos maiores trunfos dos laudos a distância.

Entretanto, podemos afirmar categoricamente que os avanços da telemedicina são apenas a ponta do iceberg no que diz respeito ao uso da tecnologia na medicina. O uso de big data na saúde, por exemplo, é um dos itens que mais tem ganhado fôlego nos últimos anos, e certamente você ainda vai ouvir falar muito sobre isso.

O que é o big data?

Traduzindo para uma linguagem simples, o big data nada mais é do que a análise de dados em grandes quantidades.

Em outras palavras, é como se de repente você pudesse cruzar uma enorme quantia de dados de forma a obter análises e estatísticas mais precisas. Seu uso é cada vez mais recorrente nas indústrias e no mercado financeiro.

Na medicina, as grandes quantidades de dados podem servir como uma ferramenta auxiliar para diagnósticos, prognósticos e evidências científicas.

Tendo a tecnologia como forma de acompanhamento, as chances de que o tratamento receitado pelo médico seja o mais eficaz possível aumentam substancialmente.

A revolução começa na administração

Embora os benefícios do big data na saúde possam ser estendidos para todas as áreas, os primeiros locais a sentirem os impactos dessa novidade devem ser os ambientes administrativos.

As ferramentas de automação, por exemplo, auxiliam clínicas e hospitais a otimizarem as suas rotinas burocráticas.

A vantagem aqui é a possibilidade de se fazer certas tarefas de forma mais rápida, utilizando menos pessoas e com mais precisão.

Em outras palavras, você deixa que os computadores façam o trabalho pesado e passa a se preocupar mais com outras áreas da sua empresa, como o atendimento ao cliente.

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Antecipação de eventos hospitalares

Quando você tem acesso a um volume maior de dados, as chances de que você consiga as respostas que precisa são muito grandes.

Pense em um caso raro, cuja descrição existe na literatura médica, mas não é tão simples assim de ser encontrada. Com um banco de dados integrado, basta uma simples consulta para encontrar os resultados semelhantes.

Fazendo uma comparação bem simplista, é como se existisse um Google de casos clínicos, onde ao pesquisar incidências e possíveis tratamentos, o médico tivesse acesso a um histórico do que já foi feito e quais foram as consequências.

Baseado em fatos, portanto, fica muito mais fácil tomar uma decisão eficiente.

Internet das coisas: a produção de dados ao alcance de todos

Smartphones, relógios de pulso e outros dispositivos inteligentes conectados à internet 24 horas.

Um dos pontos cruciais da evolução tecnológica é a possibilidade de termos uma infinidade de dispositivos produzindo dados a todo instante. Você se lembra que falamos que big data nada mais é do que a análise de dados em grandes quantidades?

Graças à Internet das Coisas essa possibilidade se torna cada vez mais real. Diferente do que muitos imaginam, esses dispositivos não substituem a figura de um médico ou especialista.

Pelo contrário. Eles servem para refinar o trabalho desses profissionais, que passam a contar com um volume maior de dados para tomar as melhores decisões.

Medicina preventiva: saiba antes e evite complicações

Um dos fatores mais importantes apregoados no combate a qualquer tipo de doença é a rapidez para identificar o quadro clínico completo.

Somente quando o médico tem plena certeza do que se trata é que ele pode começar a agir. Em muitas circunstâncias, quanto mais rápida for a ação, melhor será a reação.

Sendo assim, a medicina começa, definitivamente, a se encaminhar para um outro nível: o da possibilidade de se antecipar à possibilidade de aparecimento de novas doenças.

Identificando os sintomas padrão que antecedem determinados casos, por exemplo, é possível evitar até mesmo que certas doenças venham a existir.

Big data na saúde: ao alcance de todos

Como acontece com toda novidade tecnológica, no início há poucas pessoas utilizando-a e, por conta disso, os preços se mostram muito proibitivos.

Contudo, à medida que o tempo passa e mais pessoas começam a adotar as soluções de big data na saúde, os custos diminuem e aumenta base de dados.

Isso resulta em uma equação que é benéfica para todos: custos menores, mais médicos tendo acesso e mais usuários alimentando a base de dados com informações.

Assim, a cada dia que passa esses sistemas ganham em confiabilidade e se tornam cada vez mais essenciais no combate às doenças.

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