Outubro Rosa: Vamos falar sobre mamografia?

Apesar da alta mortalidade do câncer de mama entre as mulheres, diagnóstico precoce ajuda nas chances do tratamento. Saiba mais!

A campanha Outubro Rosa surgiu na década de 1990 com o objetivo de incentivar a participação da sociedade na conscientização e controle do câncer de mama. Atualmente, a ação recebe apoio de diferentes empresas, clínicas e organizações, tanto do setor público quanto do privado.

Durante o mês de outubro promovem-se diversas atividades relacionadas com a conscientização sobre a doença e as formas de prevenção, além de disponibilizar um maior acesso aos serviços de diagnóstico, como a mamografia, e tratamento, visando reduzir a mortalidade relacionada com a patologia.

Conheça a seguir mais sobre a campanha, o câncer de mama e também sobre a mamografia, o principal exame de imagem preventivo para a condição.

fonte: pinterest

Câncer de mama e a campanha Outubro Rosa

O câncer de mama, conhecido também como carcinoma da mama, consiste no crescimento desornado e rápido das células mamárias, resultando em um nódulo ou tumor, que pode ser de caráter benigno ou maligno.

O tumor pode desenvolver-se em diferentes células da mama, sendo mais comum que tenha início nos lóbulos e nos ductos. A mama ainda é composta por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos e gordura.

O câncer de mama é o de maior incidência entre as mulheres brasileiras, representando 25% dos casos de câncer na população feminina de acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA. No mundo, a doença causa 1,38 milhão de novos casos a cada ano, o que justifica a importância de iniciativas como o Outubro Rosa.

A alta mortalidade também é um problema conhecido da condição, sendo que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam, aproximadamente, 458 mil óbitos por ano no mundo. No Brasil o último registro é do ano de 2013, no qual foram registrados 14.388 falecimentos por conta do câncer de mama.

O câncer de mama pode ser de diferentes tipos, sendo que essa questão influenciará diretamente as chances de tratamento e a conduta mais apropriada. Entretanto, independente desse fator, o diagnóstico precoce da condição está relacionado com melhores chances de sucesso no tratamento.

Dessa forma, o Outubro Rosa tem como um dos focos promover a informação e acesso à mamografia, que permite identificar, ainda nos estágios iniciais, a presença do câncer de mama.

Veja também – Laudar exames pela internet, a tecnologia que salva vidas!

Mamografia e prevenção

A mamografia consiste em um exame radiológico para avaliação das mamas. Ela é realizada com um aparelho de raio-X chamado de mamógrafo. O exame permite identificar lesões benignas e câncer, mesmo quando ele apresenta-se como calcificações ou nódulos.

Atualmente, a mamografia pode ser convencional ou digital, sendo que no primeiro caso a imagem é processada no próprio filme, enquanto no outro ela é transmitida para um computador e podendo ser acessada e recuperada eletronicamente.

Um dos benefícios da mamografia digital é que ela permite o uso da telerradiologia, que consiste no uso de empresas especializadas em laudos médicos emitidos a distância. Nesses casos, após a realização do exame de imagem, ele é enviado via software para um técnico especializado emitir o laudo.

Atualmente, a telerradiologia tem contribuído para laudos mais profissionais, devido à experiência dos técnicos e médicos responsáveis e também na agilidade do diagnóstico, sendo que emergências podem ter o laudo emitido em até 30 minutos.

Um estudo intitulado Swedish Two-County Trial of mammographic screening que analisou 133.065 casos de mulheres com câncer de mama durante quase três décadas relevou que a realização regular da mamografia pode reduzir em 30% as mortes do câncer de mama.

Isso se deve ao fato de que a mamografia permite ver alterações bastante sutis nas células mamárias que muitas vezes ainda não são sentidas no autoexame. As campanhas de prevenção, portanto, tem um papel essencial na redução da mortalidade do câncer de mama.

De acordo com o Hospital do Câncer de Barretos, a mortalidade relacionada a doença caiu aproximadamente 42,85% no Brasil entre 2000 e 2014 e um dos principais fatores é a descoberta precoce da doença, o que contribui para o tratamento.

 

Uma pesquisa do Inca realizada entre 2000 e 2009 analisando o quadro clínico de 12.847 pacientes diagnosticadas com a condição identificou que a sobrevida de 5 anos é mais comum quando o câncer é diagnosticado precocemente, sendo 88,3% (estádio I), 78,5% (estádio II), 43% (estádio III) e 7,9% (estádio IV).

A indicação do próprio Inca e do Ministério da Saúde é que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia de rastreamento a cada dois anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o exame seja feito anualmente a partir dos 40 anos de idade.

No caso de mulheres com histórico familiar de câncer de mama, considerando as parentes de primeiro grau como mãe, irmãs, tias e avós, o exame deve começar a ser realizada mais cedo.

A indicação é que a mamografia tenha início quando a mulher tiver dez anos a menos do que a idade na qual a familiar teve o diagnóstico de câncer de mama confirmado. Isso se deve ao fato de que o histórico e a genética influenciam a ocorrência da doença.

Aproveite a campanha Outubro Rosa e realize o autoexame e também a mamografia, garantindo maiores chances de um diagnóstico precoce do câncer de mama e de sucesso no tratamento da condição.

 

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