O posicionamento do paciente influencia na hora do diagnóstico? saiba tudo!

Coordenar o paciente durante um exame é fundamental para que os profissionais responsáveis pelos laudos consigam obter resultados mais precisos

Existe uma série de fatores que pode influenciar um exame médico. Em linhas gerais, para todos eles existem regras específicas que devem ser seguidas pelos profissionais de forma a tentar padronizar as condições para que exista uma baliza para os resultados. Entretanto, essa não é uma ciência exata.

Pacientes diferentes têm problemas diferentes e apresentam condições físicas diferentes. Além disso, ainda que existam padrões básicos a serem seguidos, qualquer detalhe que saia do lugar pode ser suficiente para causar uma alteração no resultado final. Por conta disso, as observâncias no que tange à preparação dos exames é um dos procedimentos mais importantes.

Do ponto de vista do paciente: conheça as regras

Antes de tudo, vamos tratar esse assunto do ponto de vista do paciente. Antes de realizar um exame, seja ele qual for, é bem provável que você receba do estabelecimento de saúde uma série de recomendações de como proceder para que tudo corra tranquilamente. As exigências variam de caso a caso.

O exame em questão, por exemplo, pode solicitar a você que esteja em jejum por um determinado período, que ingira uma certa quantidade de líquidos ou ainda que haja privação de sono horas antes da realização. Essas circunstâncias visam nivelar os exames de forma que todos os pacientes partam de uma condição pré-estabelecida em comum.

A orientação médica é fundamental

Outro fato preponderante na realização de um exame é a orientação médica. Raramente um paciente vai chegar a um exame médico direto, sem a indicação de um especialista. É justamente nesse momento que o direcionamento do médico é capaz de fazer a diferença e garantir resultados futuros mais precisos.

Por exemplo, no caso de uma ressonância magnética que tenha relação com os membros inferiores, a indicação por parte do médico de qual das pernas apresenta comportamento incomum é de suma importância. Além disso, recomenda-se ainda que o paciente leve ao médico exames anteriores, caso existam.

Os preparativos para o exame

 

 

Todos esses subsídios vão construir um cenário para o profissional de radiologia que, mais do que apenas realizar um exame, poderá intervir enfocando a captura de imagens nos pontos onde há dúvidas. Confira também como contratar um serviço de radiologia a distância. Trata-se de um direcionamento fundamental para evitar, por exemplo, a necessidade de refação de exames.

Portanto, como paciente, busque o máximo de informações possíveis antes do exame sobre quais alimentos ou líquidos devem ser evitados, o tipo de roupa a ser utilizada e quais acessórios são permitidos ou não. A sua colaboração é fundamental para que, mais adiante, os resultados obtidos possam ser relevantes para o responsável pelos laudos.

O posicionamento do paciente influencia na hora do diagnóstico?

Existem muitos debates na literatura médica com relação a esse assunto. Em linhas gerais, podemos dizer que sim, o posicionamento do paciente durante um exame influencia na hora de um diagnóstico. Contudo, não há uma regra geral e esse aspecto varia de caso a caso e exame a exame.

Um artigo publicado por um grupo de oito pesquisadores, disponível na plataforma Scielo, intitulado “Influência de diferentes graus de elevação da cabeceira na mecânica respiratória de pacientes ventilados mecanicamente” é um exemplo que, se não trata diretamente dos exames, fala sobre a posição do paciente durante uma avaliação.

O estudo avaliou a mecânica respiratória em diferentes angulações na cabeceira em pacientes internados na unidade de terapia intensiva sob ventilação mecânica. A conclusão foi a percepção de maior valor de complacência dinâmica na posição a 30º em relação a outras angulações, sendo que a posição de maior oxigenação foi a 0º.

Já outro estudo, intitulado “Influência do posicionamento do paciente sobre a qualidade das imagens ecocardiográficas em exames realizados no leito”, conduzido por um grupo de dez pesquisadores e disponível no Portal Regional da BVS, concluiu que o posicionamento adequado do paciente no leito em decúbito lateral esquerdo contribui significativamente para a aquisição de imagens de melhor qualidade.

Obtendo os melhores resultados

Com você pôde perceber, há muitas maneiras eficientes de se preparar para um exame. Elas incluem conselhos tanto para os pacientes quanto para os profissionais que ficarão responsáveis por operacionalizar os exames. Dessa forma, com cada um fazendo a sua parte, a garantia de bons resultados quando chegar a hora de realizar o laudo à distância é maior.

Tenha em mente sempre que, nesse cenário, o paciente é sempre a figura leiga no assunto. Portanto, ele precisa receber claramente e com antecedência todos os alertas necessários para que no dia da realização do exame tudo corra conforme o esperado. É função do profissional, ainda, se negar a fazer uma avaliação caso perceba que não houve esse comprometimento. Saiba também o que é uma ultrassonografia transfontanelar e como ela pode auxiliar os seus diagnósticos.

Lembre-se, para que os resultados sejam precisos, é preciso seguir as orientações médicas e, posteriormente, anotar qualquer percepção anormal na ficha de acompanhamento que será enviada para a central de telerradiologia junto com as imagens do exame em questão. Quanto mais informações, mais preciso será o laudo.

Embora as centrais de telerradiologia trabalhem com profissionais subespecializados em determinadas áreas, como forma de garantir maior eficácia na confecção dos laudos, os resultados sempre serão melhores se todas as partes do processo colaborarem entre si. Assim, com laudos mais rápidos e precisos, aumentam as chances de que o diagnóstico e o tratamento prescrito sejam ainda mais eficientes.

 

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