Meduloblastoma Infantil: entenda este caso clínico

Entenda o caso clínico de Meduloblastoma Infantil realizado com o auxílio da Telerradiologia pela DiagRad

O que é meduloblastoma?

Os meduloblastomas são tipos de tumores que se desenvolvem no cerebelo. Esse tipo de tumor está entre os mais comuns surgidos a partir das células da neuroectoderme, células primitivas (embrionárias) encontradas em todo o cérebro. Cerca de 15% dos tumores cerebrais infantis são meduloblastomas.

O seguinte caso clínico teve laudo da DiagRad obtido por meio da telerradiologia, metodologia que consiste no envio das imagens obtidas por meio de um exame, via internet, para uma central de telerradiologia. Lá os dados são apurados com maior precisão, pois são realizados sempre por especialistas em suas respectivas áreas.

Essa avaliação foi feita em uma criança de 7 anos, do sexo masculino, que deu entrada no Pronto-Socorro com quadro de ataxia e cefaleia, sem outras comorbidades.

 

 

 

Análise das imagens do caso clínico de meduloblastoma infantil

O teor das imagens obtidas por meio do laudo da DiagRad apresentou os seguintes aspectos que merecem destaque:

  • Formação expansiva centrada no vérmis cerebelar, de limites definidos, que se insinua para o IV ventrículo. Esta lesão demonstra hipo/isossinal em relação ao córtex nas sequências ponderadas em T2 com algumas imagens císticas de permeio.
  • Apresenta realce pelo meio de contraste e importante restrição à difusão.
  • Observa-se obliteração das cisternas pré-pontina e dos ângulos ponto-cerebelares, com hidrocefalia supratentorial.

 

 

 

 

Diagnóstico de meduloblastoma obtido com uso da telerradiologia

É sabido que metade dos tumores encefálicos nas crianças se origina na fossa posterior. Nesta localização e faixa etária, devem ser considerados como diagnósticos diferenciais o meduloblastoma, o ependimoma, o astrocitoma pilocítico, o papiloma do plexo coróide, o tumor teratóide/rabdóide atípico ou o glioma de tronco exofítico.

Por conta da sua linhagem celular de PNET caracterizada pela alta relação núcleo-citoplasmática, o meduloblastoma se apresenta como um tumor bastante denso, com hiperatenuação espontânea na TC, hipossinal em T2 e caracteristicamente restrição à difusão.

Na faixa etária infantil, encontra-se geralmente na linha média, crescendo a partir do teto do IV ventrículo. Já em pacientes mais velhos, é mais comum observar casos que acometem os hemisférios cerebelares.

Enquanto o ependimoma apresenta-se com aspecto mais plástico, amoldando-se ao IV ventrículo e estendendo-se pelos forames de Luschka e Magendie, o meduloblastoma costuma apresentar crescimento rápido, promovendo obstrução do IV ventrículo, hidrocefalia e consequentemente cefaléia.

Outro diferencial é com o astrocitoma pilocítico, que mais comumente se apresenta nos hemisférios cerebelares e com aspecto sólido-cístico, fazendo diagnóstico diferencial com os hemangioblastomas na população mais velha.

Um diagnóstico diferencial difícil de se fazer por imagem é com o tumor teratóide/rabdóide atípico, embora este seja mais comum até os três anos, enquanto o meduloblastoma tem seu pico de incidência aos cinco anos, com 75% deles sendo observados abaixo dos 10 anos.

Devido a sua rápida disseminação para o espaço subaracnoideo, sugere-se investigação de todo o neuro eixo, a fim de se pesquisar metástases. O caso acima foi relatado pelo médico radiologista Dr. Paulo Kuriki.


Telerradiologia como metodologia de diagnóstico

O caso clínico descrito acima não se enquadra entre os laudos rotineiros emitidos no dia a dia da radiologia em geral. Note, que o paciente em questão deu entrada no Pronto-Socorro com um quadro de ataxia e cefaleia, características que por si só já demandariam uma certa urgência em se obter um laudo para que fosse possível iniciar de pronto o tratamento.

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A telerradiologia é uma das maneiras mais ágeis e eficazes de fazer com que o médico e o paciente tenham acesso rápido aos resultados. Por meio dos laudos a distância, todos ganham em agilidade e, no final das contas, é possível obter resultados até mesmo mais precisos do que aqueles laudados por profissionais residentes.

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A explicação para isso é bastante simples e vai ao encontro da metodologia de trabalho utilizada. No caso da telerradiologia, apenas profissionais especializados em uma determinada subárea é que têm acesso às imagens para laudar os exames. Assim, isso garante que há mais chances de os técnicos e médicos perceberem certas nuances que podem passar despercebidas pelos profissionais mais generalistas.

Nesse caso, tratava-se de um caso em que além do alto grau de detalhe no diagnóstico a agilidade era outro fator que deveria ser levado em consideração. Assim, por meio da telerradiologia, é possível entregar resultados como esse em até 24 horas, agilizando o tratamento e fazendo com que o paciente tenha maiores chances de obter êxito nesse processo.

Se você ainda não utilizou a telerradiologia como fonte de obtenção dos laudos médicos, certamente está deixando passar uma oportunidade que pode ser a mais eficaz possível na maioria dos casos, seja em relação à qualidade final do laudo ou ainda ao prazo em que ele vai ser disponibilizado online para o corpo clínico e para o paciente.

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