Armazenamento de imagens utilizado, será como o utilizado na telerradiologia
O protótipo de um equipamento que faz exames de retina usando um smartphone vai representar o Brasil em uma competição internacional de inovação realizada no próximo mês na Alemanha. O aparelho, batizado como SRC (Smart Retinal Camera), foi desenvolvido por três ex-alunos da USP (Universidade de São Paulo) em São Carlos e é uma versão portátil do retinógrafo, aparelho que permite observar e registrar imagens da retina.
“Nosso objetivo é ajudar comunidades carentes, algumas cidades mais pobres nem têm oftalmologistas e um equipamento de mesa custa de 70 a 80 mil dólares. O que a gente espera é que ele tenha um custo dez vezes menor do que o equipamento padrão”, diz o engenheiro de computação José Augusto Stuchi, um dos criadores do projeto.
Ele também é cofundador e engenheiro da Phelcom, startup criada pelo grupo para desenvolver o protótipo, que foi financiado pelo Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Stuchi conta que o projeto teve início há dois anos e um olho mecânico foi utilizado para fazer os testes. “Com esse equipamento, um operador pode fazer o exame. As imagens serão capturadas pelo celular e enviadas para nuvem (cloud computing) para análise de um médico por meio de telemedicina, assim como acontece na telerradiologia por exemplo onde o armazenamento é feito da mesma forma. Todos os problemas de retina podem ser detectados com esse retinógrafo”, explica.
Para os testes em seres humanos, o grupo está verificando a possibilidade de fazer em universidades ou solicitar uma autorização para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A expectativa é que, até 2018, o aparelho já esteja no mercado
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