Ameaça da diabetes: doença atinge cada vez mais os jovens

Entenda quais são as causas que levam um número cada vez maior de pessoas a serem acometidas por esse mal

Ainda hoje se associa o diabetes ao fato de uma pessoa ter idade mais avançada. Em linhas gerais, poucos olham para uma criança ou um adolescente e supõem que esse possa ser um mal acometido. Entretanto, uma série de fatores têm feito com que esse cenário se transforme de maneira radical e hoje o diabetes do tipo 2 afeta cada vez mais jovens.
Estima-se hoje que no Brasil pelo menos 9,2% a população tenha algum tipo de diabetes, percentual que nos coloca em pé de igualdade com os Estados Unidos. Para se ter uma ideia em 2010 apenas 6,4% da população brasileira sofria deste mal, de forma que a situação vem piorando em um ritmo bastante acelerado nesta última década.
Os dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), são preocupantes. As principais causas para esses índices ruins são a obesidade e a falta de atividade física. Antes, essas eram características que apareciam apenas em uma idade mais avançada, mas esses maus-hábitos têm se revelado mais frequentes, mesmo em jovens ainda em idade escolar.

Atacando as principais causas

Infelizmente, não há dados específicos do Brasil relacionados ao aumento do índice de diabetes em crianças e adolescentes. Entretanto, pelos números próximos aos dos Estados Unidos é possível presumir que as causas e consequências, em linhas gerais, sejam as mesmas. Por lá dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) indicam que em 2008 23% das crianças tinham pré-diabetes enquanto em 2000 esse percentual não passava de 9%.

“Com o aumento da obesidade, aumenta o diabetes tipo 2. A população brasileira vem assumindo, cada vez mais, os padrões da população norte-americana, seja em hábitos de vida ou alimentação, assim incorporamos também os males”, explica Marcus Leitão, doutor em Endocrinologia pela UFRJ e médico do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE).
Para a IDF, os países são distribuídos em quatro grupos de risco, que variam de alto a baixo. Entre 2010 e 2013 o Brasil saiu do “médio baixo” para o “médio alto”. Em números absolutos, entretanto, com 11,9 milhões de pessoas acometidas por esse mal, perdemos apenas para três países no mundo: China (98 milhões), Índia (65 milhões) e Estados Unidos (24 milhões). A expectativa é que em 2035 o Brasil chegue a 19,2 milhões de diabéticos.

Prevenção e mudança de hábitos de vida

Pelo fato de o diabetes do tipo, em muitas ocasiões, ser uma doença que não apresenta sintomas, é grande o número de pessoas que nem sequer sabem que possuem essas características. A estimativa do IDF é que pelo menos 2,8 milhões de pessoas ainda não tenham feito nenhum exame para verificar essa possibilidade, mas sofram desse mal.
Assim, procurar um médico e, posteriormente, realizar os exames necessários em uma clínica ou hospital é o primeiro passo para que algo possa ser feito. Hoje, há muitas empresas que trabalham com recursos de telemedicina, o que permite laudos a distância de forma mais rápida e ágil. As empresas de telelaudo são um exemplo disso, pois conseguem muitas vezes entrega resultados de exames em cerca de 15 minutos.

 

Diabetes tipo 2 e melhorias no diagnóstico

Ao menos 80% dos casos de diabetes registrados na atualidade são do tipo 2, que está relacionado diretamente com a obesidade a um estilo de vida mais sedentário. Já no do diabetes tipo 1 estamos falando de uma doença autoimune e que exige que o paciente receba doses diárias de insulina. Nesses casos, a preocupação com os jovens é menor (10,4 a cada 100 mil habitantes), mas mesmo esses números vêm aumentando.
Outro fator a que se atribui o aumento no número de casos de diabetes é, curiosamente, a tecnologia. Há 20 anos, por exemplo, supunha-se que 20% dos diabéticos do tipo 2 eram magros, mas hoje se sabe que na verdade casos como esse são classificados como “lada” (sigla para diabetes autoimune latente do adulto), uma forma tardia de diabetes tipo 1.

Agilidade nos exames é um fator fundamental

Ainda é grande o número de pacientes que procuram auxílio médico, mas que acabam desistindo no meio do caminho por conta da demora em conseguir um tratamento adequado. A demora para a marcação de exames, aliada ao tempo excessivo na entrega dos resultados, faz com que, em muitos casos, se passem até três meses entre a primeira consulta e a consulta de retorno, com todos os resultados de exames disponíveis.
Uma tecnologia que está ajudando a mudar aos poucos esse cenário é a telerradiologia. Por meio dela, é possível que a clínica envie imediatamente após o exame, via internet, as imagens capturadas para uma central de telerradiologia. Lá, profissionais especialistas nas mais diversas áreas entram em contato em poucos instantes com o material e elaboram os laudos a distância em tempos que variam de 20 minutos a um dia.
Essa agilidade permite com que o paciente possa centralizar todos os seus exames em um só lugar e ter acesso rápido aos resultados. Dessa forma, o intervalo de espera cai consideravelmente, permitindo que em no máximo uma semana um tratamento possa ser iniciado, caso seja necessário. Se você ainda não conhece os benefícios da telemedicina, procure uma empresa de telerradiologia como a DiagRad para esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto.

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