Cuidados para controlar a hipertensão vão desde alimentação, até prática de exercícios físicos. Saiba mais!
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma doença crônica que ocorre quando há elevação da pressão sanguínea nas artérias. A doença é caracterizada quando as pressões sistólica e diastólica atingem ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
Quando há um estreitamento das artérias o coração precisa bombear com mais força para que o sangue circule corretamente. Devido esse aspecto, a hipertensão está associada a casos de doenças cardiovasculares que faz com que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença seja a principal causa de mortes no mundo.
Em geral, ela é acompanhada de outras alterações, como obesidade e colesterol elevado, aumentando a incidência dos problemas de saúde no paciente e aumentando os cuidados necessários para controlar a patologia.
Quais os riscos da hipertensão?
Inicialmente é essencial que o paciente diagnosticado com hipertensão tenha consciência da importância de adotar costumes e cuidados que minimizem os riscos da doença. Em geral, a pressão alta é um dos fatores de risco para:
- acidente vascular cerebral (AVC);
- enfarte do miocárdio;
- aneurisma arterial;
- insuficiência renal e cardíaca.
Entre 2006 e 2016, o Ministério da Saúde registrou mais de 4,8 milhões de óbitos causados pela hipertensão. Em comparação entre os anos de 2006 e 2017, os casos aumentaram de 22,6% para 24,3% da população, de acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL).
A tendência também é que haja uma maior incidência na população idosa, sendo que a doença está presente em 60,9% dos brasileiros entre os adultos com 65 anos e mais. Além disso, a hipertensão permanece mais frequente entre as mulheres com 26,4% de incidência na população contra 21,7% para eles, exigindo políticas específicas para a saúde da mulher.
Verifica-se, portanto, que a hipertensão é uma doença perigosa, principalmente em mulheres com idade mais avançada, o que exige mais cuidados por parte desse público.
Quais cuidados ter com a doença?
De acordo com a OMS, 90% dos casos de hipertensão são hereditários, de forma que a presença das condições nos pais é um indício de que o problema pode desenvolver-se. Ainda assim, os hábitos de vida influenciam os níveis de pressão arterial.
Entre as condições relacionadas com o problema podem ser destacados: consumo excessivo de sal, tabagismo, sedentarismo, diabetes, obesidade, estresse, bebidas alcoólicas, falta de atividade física e sono inadequado. Além disso, existem riscos associados com a gestação.
A seguir confira dicas de como controlar a hipertensão e evitar a elevação da pressão arterial.
Alimentação
A alimentação é um dos aspectos mais importantes para manter a saúde e a qualidade de vida. Devido à relação da hipertensão com a obesidade e o colesterol elevado, a recomendação é uma dieta balanceada optando por alimentos com pouca gordura, sem conservantes e não processados.
Dessa forma, a alimentação deve ser baseada principalmente em legumes, verduras, grãos e frutas. No entanto, ao optar por uma dieta é essencial que haja um acompanhamento nutricional para selecionar quais alimentos devem ser inseridos na dieta.
Uma recomendação muito importante no caso de pessoas hipertensas é a redução do consumo de sal, pois ele está diretamente associado ao aumento da pressão arterial. O excesso de sal contribui para a retenção de líquidos, o que favorece a hipertensão.
Para substituí-lo os pacientes hipertensos podem optar pelo sal diet, que substitui parte do cloreto de sódio por cloreto de potássio, e também outros temperos naturais, como louro, tomilho, salsa, cebolinha etc.
Atividade física
Uma das metas do hipertenso deve ser a redução de peso, visando ficar dentro do peso ideal indicado de acordo com o sexo, altura e idade. Para isso, a realização de atividades físicas em conjunto com a alimentação balanceada pode contribuir imensamente.
De acordo com um estudo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, a caminhada ajuda na redução da pressão arterial já na primeira hora e a mantém controlada pelas 24 horas seguintes.
Controle emocional
Muitos problemas físicos de saúde estão relacionados com a falta de controle emocional, justificando a importância de controlar as emoções e, principalmente, o estresse.
O estresse pode ser decorrente de sobrecargas físicas e emocionais, provocando alterações no fluxo sanguíneo e também no coração. Portanto, buscar o controle das emoções e também maior descontração são etapas importantes para combater a hipertensão.
Beber moderadamente
O consumo moderado de bebidas alcoólicas também auxilia no controle da pressão arterial. Não é necessário cortar completamente o consumo, sendo que a recomendação é ingerir no máximo de 30g álcool/dia, o que equivale a:
- 600 ml de cerveja (5% de álcool);
- 250 ml de vinho (12% de álcool);
- 60ml de destilado (whisky, vodka, aguardente etc. com 50% de álcool).
Pessoas muito abaixo do peso, com sobrepeso ou com triglicérides elevada devem reduzir esse consumo pela metade.
Parar de fumar
O tabaco é um inimigo da saúde, sendo que fumar também provoca a elevação da pressão arterial devido à presença da nicotina. Além desse prejuízo imediato, a substância também causa problemas de saúde no longo prazo, relacionados principalmente a fatores respiratórios e cardíacos.
Dormir bem
Dormir bem é fundamental para recuperar as energias no dia a dia e também é um remédio para a saúde. Problemas para dormir como insônia e apneia são responsáveis por prejudicar a circulação sanguínea, provocando aumento da pressão arterial.
Portanto, ter noites tranquilas de sono e em um ambiente sem distrações é fundamental para controlar a hipertensão.
Assim, são diversos os cuidados que podem ser tomados pelos pacientes diagnosticados com hipertensão visando controlar a doença e minimizar os danos e sintomas causados por ela.
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