Entenda o caso clínico realizado pela Telelaudo | DiagRad por meio da telerradiologia em paciente recém nascida feminina de 2 meses, procedente de Pernambuco, com microcefalia.
A microcefalia consiste num crescimento da cabeça menor do que o esperado para a faixa etária. Durante o desenvolvimento normal, conforme o cérebro cresce, ele promove o remodelamento do crânio, que acaba aumentando para acomodar as estruturas encefálicas.
O estudo de caso de microcefalia, embora não tenha a confirmação sorológica, apresentou epidemia positiva. E, nos casos de microcefalia, observa-se um déficit no crescimento do cérebro, que culmina com um menor crescimento da calota craniana, e consequentemente um perímetro cefálico menor que o esperado.
Microcefalia e Zika Vírus
Em 28 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou a associação entre o zika vírus e a microcefalia. De acordo com o boletim epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde em 15 de dezembro de 2015, foram registrados 2.401 casos de microcefalia relacionados a zika vírus e 29 óbitos. Os casos de microcefalia se concentram no Nordeste mas têm se espalhado para o resto do país.
Diagnóstico da Microcefalia
Os casos de microcefalia por ocorrer por causas congênitas ou pós parto. Dentre elas, citamos as infecções, substância teratogênicas, doenças genéticas, etc. O diagnóstico da microcefalia é clínico e pode ser feito durante o exame físico do recém-nascido com o uso de uma fita métrica. Entretanto, este diagnóstico também pode ser feito antes do parto através da ultrassonografia.
A DiagRad e a Microcefalia
A DiagRad está localizada em São Paulo – SP, mas presta serviço de laudos à distância para todo o Brasil. Por isso, nossa equipe de neurorradiologistas tem vivenciado essa nova enfermidade que acomete fetos e recém-nascidos. Todos os casos que recebemos eram provenientes do Nordeste. Embora não tenhamos a confirmação sorológica, a epidemiologia era positiva em todos eles.
Aspectos de imagem comuns aos casos que analisamos:
- Dilatação dos ventrículos laterais e III ventrículo, com afilamento da espessura do parênquima cerebral;
- Sulcação cortical pobre caracterizando padrão de lisencefalia;
- Calcificações nos núcleos da base e justacorticais, em maior quantidade na alta convexidade.
- Estruturas da fossa posterior de aspecto anatômico preservado.
Em relação às demais infecções congênitas do grupo TORCH, destacamos o importante afilamento do parênquima cerebral e as calcificações justacorticais que predominando na alta convexidade. Dr. Paulo Kuriki – Neurorradiologista Bibliografia Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika (link). Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (link).