Paciente masculino de 55 anos com dificuldade de evacuação há alguns meses. Colonoscopia alterada.
GIST de Reto com metástases ósseas
O Gastrointestinal Stromal Tumor (GIST) é uma neoplasia maligna mesenquimal mais comum que acomete todo o trato digestivo, do esôfago ao reto. (1) Os locais do trato digestiva mais comuns de acometimento são estômago (50-60%), intestino delgado (30-40%), colon (7%), reto (4%) e esôfago (1%). (1) Estatisticamente, o GIST de reto é extremamente incomum, e por isso não se sabe ao certo se o prognóstico do tumor neste local específico difere dos demais locais. (2) O tratamento padrão da lesão primária é a ressecção do tumor, associado ou não a terapia alvo com Imatinib. (2) O padrão de disseminação metastática mais comum do GIST é para fígado e mesentério respectivamente. Metástase óssea é extremamente rara, sendo descrito apenas 23 casos na literatura. (3) De acordo com Nakajima et al., o GIST com metástase óssea é mais comum quando o tumor primário não era do estômago. O acometimento ósseo geralmente vem acompanhado de doença sistêmica estabelecida, pelo menos no fígado. O que torna este caso mais incomum, por haver metastases ósseas sem outras lesões secundárias documentadas.
Caso gentilmente cedido por:
Dr. Felipe Galiza
Referências
Miettinen M, Furlong M, Sarlomo-Rikala M, Burke A, Sobin LH, Lasota J. Gastrointestinal stromal tumors, intramural leiomyomas, and leiomyosarcomas in the rectum and anus: a clinicopathologic, immunohistochemical, and molecular genetic study of 144 cases. The American journal of surgical pathology. 2001;25(9):1121-33. Jakob J, Mussi C, Ronellenfitsch U, Wardelmann E, Negri T, Gronchi A, et al. Gastrointestinal Stromal Tumor of the Rectum: Results of Surgical and Multimodality Therapy in the Era of Imatinib. Annals of Surgical Oncology. 2013;20(2):586-92. Nakajima T, Sugiyama T, Baba H, Hatta H, Nishida T, Miwa S, et al. Bone metastasis in gastrointestinal stromal tumors preferentially occurs in patients with original tumors in sites other than the stomach. International journal of clinical and experimental pathology. 2015;8(5):5955-9.